domingo, 15 de agosto de 2010

ATIVIDADES 3º ANO - Professora Lela.

Leia o primeiro capítulo da novela Pollyanna, pesquise a biografia da autora Eleanor H. Porter e em seguida resolva as atividades propostas sobre questóes do SPAECE e ENEM.

CAPÍTULO 01


Miss Polly Harrington entrou rapidamente em sua cozinha naquela manhã de junho. Ela não costumava ter pressa e orgulhava-se especialmente de seus modos comedidos. Porém naquela manhã, apressava-se de verdade.
Nancy, lavando pratos na pia, ergueu os olhos, surpresa. Nancy trabalhava na cozinha de Miss Polly havia apenas dois meses, mas já sabia que a patroa jamais se apressava.
_ Nancy!
¬_Sim, senhora? _ respondeu Nancy alegremente, continuando a esfregar a jarra em sua mão.
_Nancy _ a voz de Miss Polly assumiu um tom severo _ quando eu estiver falando com você, espero que pare e preste atenção no que tenho a dizer.
Miss Polly era a dona da mansão Harrington e uma das moradoras mais ricas da cidade. Era uma mulher severa, de rosto grave, que franzia o cenho se uma faca caísse no assoalho ou se uma porta batesse, porém jamais sorria se as coisas permanecessem em seus lugares.
_Quando terminar o trabalho da manhã pode limpar o quarto pequeno no alto das escadas, no sótão, e faça a cama. Varra o quarto e limpe tudo. Minha sobrinha, Miss Pollyanna Whittier, vem morar comigo. Tem onze anos e irá dormir nesse quarto.
_Uma menina... vindo para cá, Miss Harrington? Que bom vai ser!
_Bom? Bem, essa não é exatamente a palavra que eu usaria... Naturalmente, pretendo fazer o melhor possível nessa situação. Sou uma boa mulher, espero e conheço, e conheço meus deveres.
_Sim, senhora, só achei que uma menina poderia... bem, alegrar as coisas... para a senhora.
_Obrigada _ respondeu miss Polly com frieza.
_naturalmente a senhora... iria querer ficar com ela, a filha de sua irmã _ disse Nancy, sentindo de que alguma forma precisaria preparar a acolhida da pequena e solitária estranha.
_ Bem, Nancy, só porque o acaso me deu uma irmã que foi tola o suficiente para se casar e trazer uma criança desnecessária a um mundo repleto, não vejo por que deveria querer tomar conta dela eu mesma.
Em seu quarto, Miss Polly apanhou mais uma vez a carta que recebera dois dias antes da longínqua cidade no Oeste e que lhe causara tão desagradável surpresa, leu e depois dobrou e a recolocou no envelope. Respondera no dia anterior, dizendo que aceitaria a criança, naturalmente.
Nancy varria e esfregava o pequeno quarto do sótão. A idéia de enfiar a abençoada criança neste quarto quente e sem aquecimento no inverno é uma crueldade; e com uma casa imensa como esta, com tantos quartos... Criança desnecessária!
Naquela tarde, Nancy separou alguns minutos para conversar com o velho Tom, que limpava o jardim havia incontáveis anos.
_Mr. Tom sabia que vem uma menina para cá, morar com Miss Polly?
_Uma... o quê? _ Perguntou o velho.
_Uma menina para viver com Miss Polly.
_deixe de zombar de um velho _disse Tom, incrédulo.
_É verdade, ela mesma me disse hoje. È a sobrinha dela, e tem onze anos.
_Não é possível. Só pode ser... a filha de Mrs. Jennie. Não pensei que meus velhos olhos vissem esse dia.
_Quem é Mrs Jennie?
_Ela era um anjo caído do céu... _ disse o velho. Tinha vinte anos quando se casou e foi embora daqui, faz muitos anos. Ouvi dizer que todos os bebês dela morreram menos o último; deve ser essa que está vindo para cá.
_Ela tem onze anos.
_Isso, deve ser isso mesmo _ falou o velho empregado.
_E vai dormir no sótão... uma vergonha! _acrescentou Nancy.
O velho Tom franziu a testa e depois sorriu.
_Estou imaginando o que Miss Polly fará com uma criança na casa.
_E eu estou imaginando o que uma criança fará com Miss Polly na casa!
O velho jardineiro riu.
_Acho que não gosta muito de Miss Polly _ disse ele sorrindo.
_Será que alguém gosta?
_Acho que não deve saber sobre o caso de amor de Miss Polly _ disse ele, devagar.
_ Caso de amor... ela! Não. E acho que ninguém mais sabe, também.
_Ah, sabem sim. E o sujeito também mora até hoje... nesta cidade.
_Quem é?
_Não vou dizer... não é certo... _respondeu ele, endireitando o corpo.
_Mas não parece possível... ela e um admirador _ disse Nancy.
_Não conheceu Miss Polly como eu conheci... disse ele. _Ela era muito bonita... e seria ainda, se quisesse.
_Bonita! Miss Polly?
_Isso mesmo.
No tempo devido chegou o telegrama anunciando que Pollyanna chegaria em Beldingsville no dia seguinte, 25 de junho, às quatro horas da tarde. Miss Polly leu o telegrama, franziu a testa, depois subiu as escadas até o sótão. Examinou o quarto que continha uma cama pequena, duas cadeiras, um lavatório, uma escrivaninha sem nenhum espelho e uma mesa pequena.
_Nancy – disse Miss Polly. Achei uma mosca no quarto de Miss Pollyanna. A janela deve ter ficado aberta em algum momento. Minha sobrinha irá chegar amanhã às quatro horas. Desejo que vá encontrá-la na estação. Timothy a levará até lá na charrete aberta. O telegrama dizia “cabelos claros, vestido de xadrez vermelho e chapéu de palha”. Isso é tudo o que sei, mas acho que é o suficiente para seu propósito.
_Sim, senhora, mas eu... a senhora...
Miss Polly com certeza entendeu o que a pausa queria dizer, pois franziu ainda mais a testa e disse com rispidez:
_Não, não irei. Imagino que não seja necessário que eu vá...e isso é tudo.

COMO SERÁ A CHEGADA DE POLLYANNA NA CASA DE SUA TIA? SERÁ QUE ELA SERÁ BEM RECEBIDA? NÃO PERCA O PRÓXIMO CAPÍTULO!

Resolva as atividades

TEXTO 01 (Descritor 2)
“A nossa constituição não inveja a lei dos nossos vizinhos. (...) Não imitamos os outros. Pelo contrário, servimos de modelos a alguns. Esse modelo, próprio de Atenas, recebeu o nome democracia, porque a sua direção não está na mão de um pequeno grupo, mas sim da maioria. (...) Um temor salutar impede-nos de falar ao cumprimento dos nossos deveres no que toca à pátria. Respeitamos sempre os magistrados e as leis. Perante elas, todos os atenienses são iguais, iguais na vida privada, iguais na solução dos diferendos entre particulares, iguais na obtenção das honras as quais são devidas aos méritos e não à classe.”

Na frase “Perante elas, todos os atenienses são iguais, iguais na vida privada, iguais na solução dos diferendos entre particulares, iguais na obtenção das honras as quais são devidas aos méritos e não à classe.” A expressão destacada refere-se a
A) solução B) elas C) iguais D) obtenção E) honras

TEXTO 02 (Descritor 7)
Receitas da vovó
Lembra aquela receita que só sua mãe ou sua avó sabem fazer? Pois saiba que, além se gostoso esse prato é parte importante da culinária brasileira. É verdade. Os cadernos de receita são registros culturais. Primeiro, porque resgatam antigas tradições, seja familiares ou étnicas. Além disso, mostram como se fala ou se falava em determinada região. E ainda servem como passagens do tempo, chaves para alcançarmos memórias emocionais que a gente nem sabia que tinha (se você se lembrou do prato que sua avó ou sua mãe fazia, você sabe do que estou falando).
A tese defendida pelo autor do texto é de que as receitas culinárias
A) fazem com que lembremos da nossa infância.
B) indicam o modo de falar em determinada região.
C) resgatam nossas tradições familiares ou étnicas.
D) são as que só nossas mães ou avós conhecem.
E) são uma parte importante da cultura brasileira.

TEXTO 03 (Descritor 17)
Teresa
Manuel Bandeira

A primeira vez que vi Teresa
Achei que ela tinha pernas estúpidas
Achei também que a cara pareia uma perna

Quando vi Teresa de novo
Achei que os olhos eram muito mais velhos que o resto do corpo
(os olhos nasceram e ficaram dez anos esperando que o resto do corpo nascesse)

Da terceira vez não vi mais nada
Os céus se misturaram com a terra
E o espírito de Deus voltou a se mover sobre a face das águas.

No verso “Achei que os olhos eram muito mais velhos que o resto do corpo”, a palavra destacada apresenta uma ideia de
A) causalidade B) comparação C) concessão D) conclusão E) conseqüência


TEXTO 04 (Descritor 14)

Deitada na calçada, Dona Belarmina, 71 anos, parece até serena, quase adormecida embaixo do cobertor quadriculado, a cabeça apoiada em pedaços dobrados de papelão, que lhe servem também de colchão. Ainda é cedo, oito da noite, e o movimento de carros e pessoas é intenso. Ninguém presta atenção.
“Já perdi tudo, até a vergonha”, diz, a voz quase inaudível. Perdeu a família, que lhe virou as costas quando se tornou um peso difícil de sustentar. Perdeu as condições de trabalhar “Eu era uma mulher trabalhadeira.” Perdeu o interesse pela vida. Não sabe quem é o presidente da República, nem o Governador, nem o Prefeito. “E eles sabem que eu exisro? Ninguém sabe nem que estou viva!”
(Jornal do Brasil. Rio de Janeiro, 4 de janeiro de 2000)


Em qual das citações abaixo está expressa uma opinião do jornalista, autor do texto?
A) “Dona Belarmina, 71 anos,...”
B) “Ainda é cedo, oito da noite,...”
C) “...parece até serena, quase adormecida...”
D) “a cabeça apoiada em pedaços de papelão,...”
E) “... o movimento de carros e pessoas é intenso.”



TEXTO 05 (ENEM)

Saúde, no modelo atual de qualidade de vida, é o
resultado das condições de alimentação, habitação,
educação, renda, trabalho, transporte, lazer, serviços
médicos e acesso à atividade física regular. Quanto ao
acesso à atividade física, um dos elementos essenciais é a
aptidão física, entendida como a capacidade de a pessoa
utilizar seu corpo — incluindo músculos, esqueleto,
coração, enfim, todas as partes —, de forma eficiente em
suas atividades cotidianas; logo, quando se avalia a saúde
de uma pessoa, a aptidão física deve ser levada em conta.

A partir desse contexto, considera-se que uma pessoa tem
boa aptidão física quando

A) apresenta uma postura regular.
B) pode se exercitar por períodos curtos de tempo.
C) pode desenvolver as atividades físicas do dia-a-dia,
independentemente de sua idade.
D) pode executar suas atividades do dia a dia com vigor,
atenção e uma fadiga de moderada a intensa.
E) pode exercer atividades físicas no final do dia, mas
suas reservas de energia são insuficientes para
atividades intelectuais.

Um comentário:

  1. Pense em uma aula massa
    valeu Lela, Bem que todas as aulas poderiam ser no laboratório.

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