sexta-feira, 9 de setembro de 2011

O cavalinho de Sete cores
Um conde tinha ficado cativo na guerra dos mouros. Tinha o rei três filhas, toda três muito formosas , que pediram ao pai que deixasse ficar prisioneiro no castelo até que o viessem resgatar. A menina mais velha foi ter com o conde, e disse-lhe que casaria com ele, se lhe ensinasse qualquer coisa que ela não soubesse. O cativo disse:
-Pois ensino-te a minha religião, e vens comigo para o meu reino, e cassaremos.
Ela não quis. Deu-se o mesmo com a segunda. Veio por sua vez a menina mais moça que quis aprender a religião e combinaram fugir do castelo, sem que o rei soubesse de nada disse então ela:
-Vai à cavalariça, e has-de lá encontrar um rico cavalinho de sete cores, que corre como o pensamento. Espera por mim no pátio, á noite e partiremos ambos.
Assim fez. A princesa apareceu com os seus vestidos de moura, com muita jóias, e a primeira palavra que disse logo o cavalinho de sete cores se pôs na vizinhanças da cidade de onde era natural o cativo conde.
Antes de chegar à cidade havia um grande areal, o conde apeou-se, e disse á princesa moura que esperasse ali por ele, enquanto ia ao seu palácio buscar fatos próprios para aparecer na corte, porque estava com roupas de cativo e ela de mourisca.
Assim que a princesa ouviu isto, rompeu num garnde choro:
por tudo quanto há, não me deixes aqui, porque hás-de-esquecer- te de mim.
Como é que isso pode ser?
Porque assim que te separes de mim e alguém te abraçar logo me esqueces completamente.

O conde prometeu que não se deixaria abraçar por ninguém, e partiu, mas assim que chegou ao palácio a sua ama de leite reconhece-o, e com a alegria foi para ele e abraçaou-o pelas costas. Não foi preciso mais; nunca mais ele se pôde lembrar da princesa. Ela tinha ficado no areal, foi dar a uma cabana onde vivia uma pobre mulher, que a reconheceu e tratou bem. Ali foi ter a noticia de que o conde estava para casar com uma princesa, e na véspera do casamento a mourinha pediu ao filho da velha que levasse o cavalinho de sete cores a passear no adro da igreja em que em que se haviam de casar.
Assim foi, quando chegou o noivo com o acompanhamento , ficou pasmado de ver um tão belo cavalinho, e quis vê-lo mais de perto. O moço que o passeava andava a dizer:
anda, cavalinho! anda, não esqueça o andar,
Como o conde esqueceu a moura bo areal.
O noivo lembrou-se logo da sorte que tinha caido, desfez o casmento com a princesa e foi buscar a mourinha com quem casou, viveram muito felizes
(Algarve – Lagoa)





reponda ás segunites questões:

1.Identifique três das caracterisiticas do conto popular presente neste texto e exemplifique cada umas delas.
2.Determine os momentos fundamentais como: ação (situaçaõ inicial, acontecimento (s) pertubador(es) e situação final).

3.Identificar as personagens do conto.

3.1 Caractrize-as fisica e psicologicamente.

4. O tempo e o espaço neste conto são muito vagos.
4.1 Justificar esta afirmação com exemplos do texto.

5.O três é um dos elementos cheios de simbologia.
5.1 Qual a simbologia do número três neste conto?

6.A dualidade Bem / mal está presente neste conto.
6.1 Escolha uma personagem para cada um deles dois conceitos.
7.Dá um exemplo da presença de linguagem popular e oral, respectivamente, presente neste conto.

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