CAPÍTULO 02
RESUMO DO LIVRO O QUINZE
Vicente falou lentamente, no vaivém do balanço:
_É... Aliás, eu não devia andar comprando gado agora... Mas vamos ao curral para você ver os animais que eu tenho.
Afastaram-se para o curral. Quando o vaqueiro montou novamente, o rapaz disse, a modo de despedida:
_Pois de manhãzinha bem cedo mande o rapaz buscar o animal e a ordem do dinheiro para o Zacarias da feira.
Chico Bento saiu com escuro. Pensava na troca. Umas reses tão formosas! Por um babau velho e cinqüenta mil réis de volta! O que é a gente estar na desgraça...
Agora ao Chico Bento, como único recurso, só restava arribar. Sem legume, sem serviço, não havia de ficar morrendo de fome enquanto a seca durasse. Combinou com a mulher o plano de partida. Ela ouviu chorando. Queria ir pro Amazonas, pois lá não morreriam de fome porque sempre há borracha e serviço.
Cordulina sentiu um aperto de saudade e lastimou-se:
_Mas Chico, eu tenho tanta pena da minha barraquinha. Onde é que a gente vai viver por esse mundão de meu Deus?
_Em todo pé de pau há um galho mode a gente armar a tipóia... Respondeu Chico Bento.
O vaqueiro foi até Quixadá no animal que trocou com Vicente para ver se arranjava as passagens de graça que o governo estava dando.
Recebendo o dinheiro do Zacarias da feira, se desfazendo da burra e matando as criaçõezinhas que restavam que é que faltava?
Foi em vão que Chico Bento contou ao homem das passagens a sua necessidade de se transportar a Fortaleza com a família. Só ele, a mulher, a cunhada e cinco filhos pequenos.
Todas as passagens já estavam cedidas. O jeito era ir por terra.
Cordulina remendava uns panos, quando o vaqueiro chegou:
_Como se foi Chico? Trouxe o dinheiro e as passagens?
_Que passagens! Tem de ir tudo é por terra feito animal! Nesta desgraça quem é que arranja nada! Deus só nasceu pros ricos!
As pessoas começaram a ir embora por causa da seca.
Dona Inácia e Conceição partem de trem. À janela, a moça acenava com a mão, depois com o lenço que vibrava como uma asa fugitiva. Vicente correspondia, sacudindo seu largo chapéu de massa.
Dona Inácia enxugava os olhos que insistiam em lacrimejar. Conceição passou-lhe a mão pelo ombro:
_Que é isso mãe Nácia, ainda chorando?
_Deixar tudo assim, morrendo de fome e de seca! Fazia vinte e cinco anos que eu não saía do Logradouro, a não ser para Quixadá!...
Chico Bento vai embora por terra.
Coloca o pequeno no meio da carga, amarrado por um pano aos cabeçotes da cangalha. Mocinha, a cunhada, levava sua trouxa debaixo do braço, e na mão, os chinelos vermelhos de ir à missa. O sol esquentava, os meninos brigavam, Cordulina e Chico choravam.
Na primeira noite, arrancharam-se numa tapera que apareceu junto da estrada. O vaqueiro trouxe uma manta de carne de bode, seca, e um saco de farinha, com quartos de rapadura dentro.
As mulheres improvisaram uma trempe e acenderam o fogo. E a carne foi assada sobre as brasas. Como não tinha água para lavar, estava muito salgada, estava uma pia.
Chico Bento arranjou água a quase um quilômetro de distância para matar a sede da família.
Debaixo de um juazeiro grande se arranchara um bando de retirantes: uma velha, dois homens, uma mulher nova e algumas crianças.
Quando Chico Bento e seu grupo apontaram na estrada, os homens esfolavam uma rês e as mulheres ferviam água em uma lata de querosene.
Cordulina ofegava de cansaço, Mocinha lambia os pés queimados e os meninos choramingavam pedindo de comer.
O juazeiro era um só. O vaqueiro também se achou no direito de se abrigar lá. Depois de arriar as trouxas e aliviar a burra, reparou nos vizinhos. A rês estava esfolada e mal cheirosa.
Chico Bento se aproxima dos esfoleadores e pergunta:
_De que morreu essa novilha?
Um dos homens levantou-se e disse:
_De mal dos chifres. Nós já achamos ela doente. E vamos aproveitar mode não dar para os urubus e matar nossa fome.
Chico Bento cuspiu longe, enjoado:
_E vosmecês têm coragem de comer isso?
O outro explicou:
_Faz dois dias que a gente não bota um de comer de panela na boca...
_Por isso não! Disse Chico Bento. Eu tenho um resto de criação salgada que dá pra nós. Rebolem essa porcaria podre para os urubus.
E o bode sumiu-se todo...
E AGORA? O QUE SERÁ DA FAMÍLIA DE CHICO BENTO SEM TER O QUE COMER AMANHÃ?
o livro e uma obra maravilhosa uma big obra escrita por um big artista brasileiro devemos nos orgulhar de ter escritores como ele parabens ao Brasil por revelar grandes artistas escritores
ResponderExcluirÉ muito chato esse livro
ResponderExcluirRealmente!
ExcluirLivro muito chato
ResponderExcluirLivro chato msm kkkk
ResponderExcluirchatão
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