Anteriormente ao conceito de Transgênico, deve-se esclarecer o que vem a ser Biotecnologia. Conceitua-se como sendo “qualquer técnica que utilize organismos vivos ou partes, para fazer ou modificar produtos, melhorar plantas ou animais, ou desenvolver microrganismos para uso específico”. Deste modo podemos entender a panificação e a produção de vinhos ou cervejas como processos biotecnológicos (no caso da panificação utiliza-se o fermento para modificar uma massa composta de farinha de trigo, açúcar, ovos e outros em pão). Deste modo a biotecnologia participa do nosso dia a dia há muito tempo. Mais recentemente temos o exemplo da produção de insulina por bactérias geneticamente modificadas, que receberam o gene humano para produzir este hormônio (em 1982), que anteriormente era extraída do fígado de cadáveres.
Transgênico ou Organismo Geneticamente Modificado (OGM) é o organismo cujo material genético (DNA/RNA) tenha sido modificado por qualquer técnica de engenharia genética, recebendo genes exógenos (oriundos de espécies diferentes, não correlacionadas).
Considerando que o gene é uma parte do DNA que possui um código genético para produzir certa proteína específica, e que este gene é composto por uma seqüência de bases nitrogenadas, pode-se fazer a seguinte analogia: as bases nitrogenadas são letras, os genes são palavras, o DNA (ou o cromossomo) que contém estes genes são frases e o organismo é um texto. As letras devem estar ordenadas para que a palavra tenha sentido; as palavras combinam-se de tal forma que a frase também tenha sentido e as frases devem compor o texto de modo lógico. Qualquer letra, palavra ou frase com problema levará a um texto distorcido, o que resulta num organismo com problema. Observa-se, portanto, que transferir um gene de um organismo para outro não é tarefa fácil, pois este deverá funcionar em local e época adequados, de modo a não interferir erroneamente no funcionamento do ser vivo. Imagine o que ocorreria se um gene que deveria funcionar no fígado apenas estivesse ativo no ouvido. Seria uma confusão. Felizmente nosso organismo já está suficientemente evoluído e todos os genes sabem onde funcionar. Cabe aqui lembrar que todas as células do nosso corpo são totipotentes, ou seja, possuem a mesma constituição genética e pode-se regenerar um novo organismo a partir desta célula (exceto os gametas).
Mas fazer um determinado gene funcionar em hora e local apropriados não é o único problema. Imagine como seria difícil encontrar uma pessoa numa cidade de cerca de 40.000 habitantes. Pois bem, cada célula somática do corpo humano possui cerca de 40.000 genes, cada um com sua função específica. Procurar um gene não é tarefa nada fácil. Mas existem técnicas que nos ajudam nesta tarefa, como por exemplo determinar o cromossomo onde este gene se localiza e também sua função.
As principais etapas para a transformação de um organismo são: identificação do gene, isolamento (ou extração), clonagem (ou multiplicação) e introdução no organismo receptor. Depois basta verificar seu funcionamento. Pode parecer simples, mas não é, como já verificamos anteriormente.
Mas porque os transgênicos causam tanta discussão? Basicamente pelo fato de que os efeitos de se transferir genes exógenos não são conhecidos. No melhoramento clássico observamos que, ao buscarmos introduzir um gene desejado para melhorar certa cultivar de planta, outros genes são “arrastados” com o gene que se deseja introduzir (isto é chamado de “Linkage-drag”), pois há ligação gênica entre os genes de um mesmo cromossomo. Assim sendo, junto com o gene benéfico que desejamos introduzir, pode vir outro gene prejudicial ligado a ele. Some-se a isso que os cruzamentos só podem ser realizados entre indivíduos próximos, normalmente de uma mesma espécie ou entre espécies muito próximas. No caso dos transgênicos não há barreiras entre espécies, sendo o gene retirado de uma espécie e introduzido em outra, além de ser transferido sozinho, sem nenhum outro gene ligado a ele.m argumento a favor é o de que os transgênicos poderiam diminuir a fome no mundo, uma vez que possibilitariam uma maior produtividade, e assim uma maior oferta de alimentos. Cabe aqui lembrar que a principal causa de fome no mundo atual deve-se à péssima distribuição de renda e de alimentos, e não à falta de comida. Trabalhos sociais que objetivassem melhorar a qualidade de vida das populações mais pobres certamente teriam impactos muito maiores do que o aumento de oferta de alimentos.
Fica no ar, portanto, a resposta definitiva referente à segurança ou não de consumirmos alimentos geneticamente modificados. Sabe-se, com certeza, que qualquer alimento ingerido fora de recomendações causa problemas de saúde. Mas nem por isso os churrascos domingueiros deixam de ter a tradicional picanha com uma generosa camada de gordura, ou o comércio de bebidas alcoólicas foi proibido. Fica cada vez mais evidente que a disputa é apenas mercadológica, e, mais uma vez, somos reféns das circunstâncias. E tomara que, pelo menos desta vez, a batata quente (transgênica ou não) caia em outras mãos.
Uma das principais contestações contra os transgênicos é o risco que está relacionado com a transferência do gene exógeno (transgênico) para espécies selvagens relacionadas. Isto é mais grave no caso de espécies de fecundação cruzada (alógamas). Observe-se o caso do milho, onde 99% das fecundações são cruzadas (1% será de autofecundação). Considere um agricultor que cultive uma lavoura de não transgênicos ao lado de uma de transgênicos. Grande parte do pólen contendo o gene exógeno cairá na lavoura não transgênica, resultando em grãos geneticamente modificados, pois o pólen era oriundo de material modificado. Daí a importância de se delimitar áreas para cultivo de transgênicos isoladas das áreas de cultivo de não transgênicos, permitindo assim o controle do material colhido. Deve-se, a partir desta etapa, ter uma rede de comercialização distinta para os dois materiais, para que não haja mistura.
Faça uma leitura do texto e dê sua opinião a favor ou contra os transgênicos justificando.
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Era Vargas
A chamada Era Vargas está dividida em três momentos: Governo Provisório, Governo Constitucional e Estado Novo.
O período inaugurou um novo tipo de Estado, denominado “Estado de compromisso”, em razão do apóio de diversas forças sociais e políticas: as oligarquias dissidentes, classes médias, burguesia industrial e urbana, classe trabalhadora e o Exército. Neste “Estado de compromisso” não existia nenhuma força política hegemônica, possibilitando o fortalecimento do poder pessoal de Getúlio Vargas. Governo Provisório ( 1930/1934 ).
Aspectos políticos e econômicos No plano político, o governo provisório foi marcado pela Lei Orgânica, que estabelecia plenos poderes a Vargas. Os órgão legislativos foram extintos, até a elaboração de uma nova constituição para o país.
Desta forma, Vargas exerce o poder executivo e o Legislativo. Os governadores perderam seus mandatos – por força da Revolução de 30 – seu nomeados em seus lugares os interventores federais ( que eram escolhidos pelos tenentes ).
A economia cafeeira receberá atenções por parte do governo federal. Para superar os efeitos da crise de 1929, Vargas criou o Conselho Nacional do Café, reeditando a política de valorização do café ao comprar e estocar o produto.
O esquema provocou a formação de grandes estoques, em razão da falta de compradores, levando o governo a realizar a queima dos excedentes. Houve um desenvolvimento das atividades industriais, principalmente no setor têxtil e no de processamento de alimentos. Este desenvolvimento explica-se pela chamada política de substituição de importações.
REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA DE 32
Movimento ocorrido em São Paulo ligado à demora de Getúlio Vargas para reconstitucionalizar o país, a nomeação de um interventor pernambucano para o governo do Estado (João Alberto). Mesmo sua substituição por Pedro de Toledo não diminuiu o movimento.
O movimento teve também como fator a tentativa da oligarquia cafeeira retomar o poder político. O movimento contou com apoio das camadas médias urbanas. Formou-se a Frente Única Paulista, exigindo a nomeação de um interventor paulista e a reconstitucionalização imediata do país.
Em maio de 1932 houve uma manifestação contra Getúlio que resultou na morte de quatro manifestantes: Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo. Iniciou-se a radicalização do movimento, sendo que o MMDC passou a ser o símbolo deste momento marcado pela luta armada.
Após três meses de combates as forças leais a Vargas forçaram os paulistas à rendição. Procurando manter o apoio dos paulistas, Getúlio Vargas acelerou o processo de redemocratização realizando eleições para uma Assembléia Constituinte que deveria elaborar uma nova constituição para o Brasil.
A CONSTITUIÇÃO DE 1934
Promulgada em 16 de novembro de 1934 apresentando os seguintes aspectos: A manutenção da República com princípios federativos; Existência de três poderes independentes entre si: Executivo, Legislativo e Judiciário; Estabelecimento de eleições diretas para o Executivo e Legislativo; As mulheres adquirem o direito ao voto; Representação classista no Congresso (elementos eleitos pelos sindicatos); Criado o Tribunal do Trabalho; Legislação trabalhista e liberdade de organização sindical; Estabelecimento de monopólio estatal sobre algumas atividades industriais; Possibilidade da nacionalização de empresas estrangeiras; Instituído o mandato de segurança, instrumento jurídico dos direitos do cidadão perante o Estado.
A Constituição de 1934 foi inspirada na Constituição de Weimar preservando o liberalismo e mantendo o domínio dos proprietários visto que a mesma não toca no problema da terra. Governo Constitucional (1934/1937). Período marcada pelos reflexos da crise mundial de 1929: crise econômica, desemprego, inflação e carestia. Neste contexto desenvolve-se, na Europa, os regimes totalitários ( nazismo e fascismo) – que se opunham ao socialismo e ao liberalismo econômico.
A ideologia nazi-fascista chegou ao Brasil, servindo de inspiração para a fundação da Ação Integralista Brasileira (AIB), liderada pelo jornalista Plínio Salgado. Movimento de extrema direita, anticomunista, que tinha como lema "Deus, pátria, família”. Defendia a implantação de um Estado totalitário e corporativo.
A milícia da AIB era composta pelos “camisas verdes”, que usavam de violência contra seus adversários. Os integralistas receberam apoio da alta burguesia, do clero, da cúpula militar e das camadas médias urbanas. Por outro lado, o agravamento das condições de vida da classe trabalhadora possibilitou a formação de um movimento de caráter progressista, contando com o apoio de liberais, socialista, comunistas, tenentes radicais e dos sindicatos – trata-se da Aliança Nacional Libertadora (ANL).
Luís Carlos Prestes, filiado ao Partido Comunista Brasileiro foi eleito presidente de honra. A ANL reivindicava a suspensão do pagamento da dívida externa, a nacionalização das empresas estrangeiras e a realização da reforma agrária. Colocava-se contra o totalitarismo e defendia a democracia e um governo popular. A adesão popular foi muito grande, tornando a ANL uma ameaça ao capital estrangeiro e aos interesses oligárquicos.
Procurando conter o avanço da frente progressista o governo federal - por meio da aprovação da Lei de Segurança Nacional – decretou o fechamento dos núcleos da ANL. A reação, por parte dos filiados e simpatizantes, foi violenta e imediata. Movimentos eclodiram no Rio de Janeiro, Recife, Olinda e Natal – episódio conhecido como Intentona Comunista.
O golpe do Estado Novo No ano de 1937 deveria ocorrer eleições presidenciais para a sucessão de Getúlio Vargas. A disputa presidencial foi entre Armando de Sales Oliveira – que contava com o apoio dos paulistas e de facções de oligarquias de outros Estados. Representava uma oposição liberal ao centralismo de Vargas.
A outra candidatura era a de José Américo de Almeida, apoiado pelo Rio Grande do Sul, pelas oligarquias nordestinas e pelos Partidos Republicanos de São Paulo e Minas Gerais. Um terceiro candidato era Plínio Salgado, da Ação Integralista. A posição de Getúlio Vargas era muito confusa – não apoiando nenhum candidato. Na verdade a vontade de Getúlio era a de continuar no governo, em nome da estabilidade e normalidade constitucional; para tanto, contava com apoio de alguns setores da sociedade.
O continuísmo de Vargas recebeu apoio de uma parte do Exército – Góes Monteiro e Eurico Gaspar Dutra representavam a alta cúpula militar – surgindo a idéia de um golpe, sob o pretexto de garantir a segurança nacional.
O movimento de “salvação nacional” – que garantiu a permanência de Vargas no poder – foi a divulgação de um falso plano de ação comunista para assumir o poder no Brasil. Chamado de Plano Cohen, o falso plano serviu de pretexto para o golpe de 10 de novembro de 1937, decretando o fechamento do Congresso Nacional, suspensão da campanha presidencial e da Constituição de 1934. Iniciava-se o Estado Novo.
O Estado Novo ( 1937/1945 ). O Estado Novo – período da ditadura de Vargas – apresentou as seguintes características: intervencionismo do Estado na economia e na sociedade e um centralização política nas mãos do Executivo, anulando o federalismo republicano.
A CONSTITUIÇÃO DE 1937
Foi outorgada em 10 de novembro de 1937 e redigida por Francisco Campos. Baseada na constituição polonesa ( daí o apelido de “polaca” ) apresentava aspectos fascistas.
Principais características: centralização política e fortalecimento do poder presidencial; extinção do legislativo; subordinação do Poder Judiciário ao Poder Executivo; instituição dos interventores nos Estados e uma legislação trabalhista. A Constituição de 1937 eliminava a independência sindical e extinguia os partidos políticos.
A extinção da AIB deixou os integralistas insatisfeitos com Getúlio. Em maio de 1938 os integralistas tentaram um golpe contra Vargas –
o Putsch Integralista – que consistiu numa tentativa de ocupar o palácio presidencial. Vargas reagiu até a chegada a polícia e Plínio Salgado precisou fugir do país.
POLÍTICA TRABALHISTA
O Estado Novo procurou controlar o movimento trabalhador através da subordinação dos sindicatos ao Ministério do Trabalho. Proibiu-se as greves e qualquer tipo de manifestação.
Por outro lado, o Estado efetuou algumas concessões, tais como, o salário mínimo, a semana de trabalho de 44 horas, a carteira profissional, as férias remuneradas. As leis trabalhistas foram reunidas, em 1943, na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), regulamentando as relações entre patrões e empregados.
A aproximação de Vargas junto a classe trabalhadora urbana originou, no Brasil, o populismo – forma de manipulação do trabalhador urbano, onde o atendimento de algumas reivindicações não interfere no controle exercido pela burguesia.
POLÍTICA ECONÔMICA
O Estado Novo iniciou o planejamento econômico, procurando acelerar o processo de industrialização brasileiro. O Estado criou inúmeros órgãos com o objetivo de coordenar e estabelecer diretrizes de política econômica.
O governo interveio na economia criando as empresas estatais – sem questionar o regime privado. As empresas estatais encontravam-se em setores estratégicos, como a siderúrgia ( Companhia Siderúrgica Nacional ), a mineração ( Companhia Vale do Rio Doce ), hidrelétrica ( Companhia Hidrelétrica do Vale do São Francisco ), mecânica ( Fábrica Nacional de Motores ) e química (Fábrica Nacional de Álcalis ).
POLÍTICA ADMINISTRATIVA
Procurando centralizar e consolidar o poder político, o governo criou o DASP ( Departamento de Administração e Serviço Público), órgão de controle da economia. O outro instrumento do Estado Novo foi a criação do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda ), que realizava a propaganda do governo. O DIP controlava os meios de comunicação, por meio da censura.
Foi o mais importante instrumento de sustentação da ditadura que, ao lado da polícia secreta, comandada por Filinto Müller, instaurou no Brasil o período do terror: prisões, repressão, exílios, torturas etc...
Como exemplo de propaganda tem-se a criação da Hora do Brasil – que difundia as realizações do governo; o exemplo do terror fica por conta do caso de Olga Benário, mulher de Prestes, que foi presa e deportada para a Alemanha (grávida). Foi assassinada num campo de concentração.
O BRASIL E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Devido a pressões – internas e externas – Getúlio Vargas rompeu a neutralidade brasileira, em 1942, e declarou guerra ao Eixo ( Alemanha, Itália, Japão ). A participação do Brasil foi efetiva nos campos de batalha mediante o envio da FEB ( Força Expedicionária Brasileira ) e da FAB ( Força Aérea Brasileira ).
A participação brasileira na guerra provocou um paradoxo político: externamente o Brasil luta pela democracia e contra as ditaduras, internamente há ausência democrática em razão da ditadura. Esta situação, somada à vitória dos aliados contra os regimes totalitários, favorece o declínio do estado Novo e amplia as manifestações contra o regime.
O FIM DO ESTADO NOVO
Em 1943 Vargas prometeu eleições para o fim da guerra; no mesmo ano houve o Manifesto dos Mineiros, onde um grupo de intelectuais, políticos, jornalistas e profissionais liberais pediam a redemocratização do país. Em janeiro de 1945, o Primeiro Congresso Brasileiro de Escritores exigia a liberdade de expressão e eleições.
Em fevereiro do mesmo ano, Vargas publicava um ato adicional marcando eleições presidenciais para 2 de dezembro. Para concorrer as eleições surgiram os seguinte partidos políticos: UDN ( União Democrática Nacional )- Oposição liberal a Vargas e contra o comunismo.
Tinha como candidato o brigadeiro Eduardo Gomes; PSD ( Partido Social Democrático ) – era o partido dos interventores e apoiavam a candidatura do general Eurico Gaspar Dutra; PTB ( Partido Trabalhista Brasileiro ) – organizado pelo Ministério do Trabalho e tendo como presidente Getúlio Vargas.
Apoiava, junto com o PSD, Eurico Gaspar Dutra; PRP ( Partido de Representação Popular ) – de ideologia integralista e fundado por Plínio Salgado; PCB ( Partido Comunista Brasileiro ) – tinha como candidato o engenheiro Yedo Fiúza.
Em 1945 houve um movimento popular pedindo a permanência de Vargas – contando com o apoio do PCB. Este movimento ficou conhecido como queremismo, devido ao lema da campanha “Queremos Getúlio “.
O movimento popular assustou a classe conservadora, temendo a continuidade de Vargas no poder. No dia 29 de outubro foi dado um golpe, liderado por Goés Monteiro e Dutra. Vargas foi deposto sem resistência.
O governo foi entregue a José Linhares, presidente do Supremo Tribunal Federal. Em dezembro de 1945 foram realizadas as eleições com a vitória de Eurico Gaspar Dutra.
EXERCÍCIOS
1) (Fac. Med. Marília-SP)-De profundos reflexos no desenvolvimento da história política do Brasil, existe um episódio conhecido pelo nome de Plano Cohen que consiste:
a) na coligação de forças imperialistas que visavam impedir a proclamação da República, nos fins do século XIX
b) num documento forjado, denunciando uma fantasiosa implantação do comunismo no Brasil, a fim de justificar um golpe de Estado para o continuísmo de Getúlio Vargas no poder
c) no conjunto de propostas feitas pelo generais recém-chegados da Europa, ao fim da Segunda Guerra Mundial, para a volta do Estado democrático no Brasil, dominado pela ditadura de Vargas
d) nas transformações administrativas necessárias à interiorização da capital federal para Brasília; e) em algo totalmente diferente do que foi escrito anteriormente.
2) (Cesgranrio) – O regime político conhecido como Estado Novo implantado por golpe do próprio presidente Getúlio Vargas, em 1937, pode ser associado à (ao)
a) radicalização política do período representada pela Aliança Nacional Libertadora, de orientação comunista, e pela Ação Integralista Brasileira, de orientação fascista
b) modernização econômica do país e seu conflito com as principais potências capitalistas do mundo, que tentavam lhe barrar o desenvolvimento
c) ascensão dos militares à direção dos principais órgãos públicos, porque já se delineava o quadro da Segunda Guerra Mundial
d) democratização da sociedade brasileira em decorrência da ascensão de novos grupos sociais como os operários
e) retorno das oligarquias agrárias ao poder, restaurando-se a Federação nos mesmos moldes da República Velha.
3) (FUVEST-SP) – A política cultural do Estado Novo em relação aos intelectuais caracterizou se:
a) pela repressão indiscriminada, por serem os intelectuais considerados adversários de regimes ditatoriais
b) por um clima de ampla liberdade, pois o governo cortejava os intelectuais para obter apoio ao seu projeto nacional
c) pelas indiferença, pois os intelectuais não tinham expressão e o governo se baseava nas forças militares
d) pelo desinteresse com relação aos intelectuais, pois o governo se apoiava nos trabalhadores sindicalizados
e) por uma política seletiva através da qual só os adversários frontais do regime foram reprimidos.
4) (UFMS)- O queremismo, movimento surgido no final do Estado Novo (1945), tinha como uma de suas finalidades:
a) obter o fim da ditadura, afastando Getúlio Vargas do poder
b) formar um governo forte, em substituição ao de Getúlio Vargas
c) introduzir o parlamentarismo para controlar Getúlio Vargas
d) manter Getúlio Vargas no governo, sob um novo regime constitucional
e) instalar uma Assembléia Constituinte liderada pela União Democrática Nacional.
5) (Fuvest-SP) – O governo de Vargas, no período de 1937 a 1945, pode ser considerado:
a) presidencialismo autocrático
b) parlamentarismo populista
c) presidencialismo democrático
d) parlamentarismo oligárquico
e) ditadura socialista
6) (Vunesp)- A revolução constitucionalista de 1032 foi impulsionada pela:
a) Ação Integralista Brasileira, que procurou mobilizar a sociedade contra o fascismo europeu b) União dos estados de São Paulo, Mato Grosso e Rio de Janeiro
c) Tentativa de reação da velha oligarquia paulista, apoiada, a príncípio, pela oligarquia de Minas Gerais, contra o governo de Vargas
d) Reação de base popular, buscando a reconstitucionalização imediata do país
e) Contestação do Rio Grande do Sul, pelo regime dos interventores estaduais, adotado por Getúlio Vargas.
O período inaugurou um novo tipo de Estado, denominado “Estado de compromisso”, em razão do apóio de diversas forças sociais e políticas: as oligarquias dissidentes, classes médias, burguesia industrial e urbana, classe trabalhadora e o Exército. Neste “Estado de compromisso” não existia nenhuma força política hegemônica, possibilitando o fortalecimento do poder pessoal de Getúlio Vargas. Governo Provisório ( 1930/1934 ).
Aspectos políticos e econômicos No plano político, o governo provisório foi marcado pela Lei Orgânica, que estabelecia plenos poderes a Vargas. Os órgão legislativos foram extintos, até a elaboração de uma nova constituição para o país.
Desta forma, Vargas exerce o poder executivo e o Legislativo. Os governadores perderam seus mandatos – por força da Revolução de 30 – seu nomeados em seus lugares os interventores federais ( que eram escolhidos pelos tenentes ).
A economia cafeeira receberá atenções por parte do governo federal. Para superar os efeitos da crise de 1929, Vargas criou o Conselho Nacional do Café, reeditando a política de valorização do café ao comprar e estocar o produto.
O esquema provocou a formação de grandes estoques, em razão da falta de compradores, levando o governo a realizar a queima dos excedentes. Houve um desenvolvimento das atividades industriais, principalmente no setor têxtil e no de processamento de alimentos. Este desenvolvimento explica-se pela chamada política de substituição de importações.
REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA DE 32
Movimento ocorrido em São Paulo ligado à demora de Getúlio Vargas para reconstitucionalizar o país, a nomeação de um interventor pernambucano para o governo do Estado (João Alberto). Mesmo sua substituição por Pedro de Toledo não diminuiu o movimento.
O movimento teve também como fator a tentativa da oligarquia cafeeira retomar o poder político. O movimento contou com apoio das camadas médias urbanas. Formou-se a Frente Única Paulista, exigindo a nomeação de um interventor paulista e a reconstitucionalização imediata do país.
Em maio de 1932 houve uma manifestação contra Getúlio que resultou na morte de quatro manifestantes: Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo. Iniciou-se a radicalização do movimento, sendo que o MMDC passou a ser o símbolo deste momento marcado pela luta armada.
Após três meses de combates as forças leais a Vargas forçaram os paulistas à rendição. Procurando manter o apoio dos paulistas, Getúlio Vargas acelerou o processo de redemocratização realizando eleições para uma Assembléia Constituinte que deveria elaborar uma nova constituição para o Brasil.
A CONSTITUIÇÃO DE 1934
Promulgada em 16 de novembro de 1934 apresentando os seguintes aspectos: A manutenção da República com princípios federativos; Existência de três poderes independentes entre si: Executivo, Legislativo e Judiciário; Estabelecimento de eleições diretas para o Executivo e Legislativo; As mulheres adquirem o direito ao voto; Representação classista no Congresso (elementos eleitos pelos sindicatos); Criado o Tribunal do Trabalho; Legislação trabalhista e liberdade de organização sindical; Estabelecimento de monopólio estatal sobre algumas atividades industriais; Possibilidade da nacionalização de empresas estrangeiras; Instituído o mandato de segurança, instrumento jurídico dos direitos do cidadão perante o Estado.
A Constituição de 1934 foi inspirada na Constituição de Weimar preservando o liberalismo e mantendo o domínio dos proprietários visto que a mesma não toca no problema da terra. Governo Constitucional (1934/1937). Período marcada pelos reflexos da crise mundial de 1929: crise econômica, desemprego, inflação e carestia. Neste contexto desenvolve-se, na Europa, os regimes totalitários ( nazismo e fascismo) – que se opunham ao socialismo e ao liberalismo econômico.
A ideologia nazi-fascista chegou ao Brasil, servindo de inspiração para a fundação da Ação Integralista Brasileira (AIB), liderada pelo jornalista Plínio Salgado. Movimento de extrema direita, anticomunista, que tinha como lema "Deus, pátria, família”. Defendia a implantação de um Estado totalitário e corporativo.
A milícia da AIB era composta pelos “camisas verdes”, que usavam de violência contra seus adversários. Os integralistas receberam apoio da alta burguesia, do clero, da cúpula militar e das camadas médias urbanas. Por outro lado, o agravamento das condições de vida da classe trabalhadora possibilitou a formação de um movimento de caráter progressista, contando com o apoio de liberais, socialista, comunistas, tenentes radicais e dos sindicatos – trata-se da Aliança Nacional Libertadora (ANL).
Luís Carlos Prestes, filiado ao Partido Comunista Brasileiro foi eleito presidente de honra. A ANL reivindicava a suspensão do pagamento da dívida externa, a nacionalização das empresas estrangeiras e a realização da reforma agrária. Colocava-se contra o totalitarismo e defendia a democracia e um governo popular. A adesão popular foi muito grande, tornando a ANL uma ameaça ao capital estrangeiro e aos interesses oligárquicos.
Procurando conter o avanço da frente progressista o governo federal - por meio da aprovação da Lei de Segurança Nacional – decretou o fechamento dos núcleos da ANL. A reação, por parte dos filiados e simpatizantes, foi violenta e imediata. Movimentos eclodiram no Rio de Janeiro, Recife, Olinda e Natal – episódio conhecido como Intentona Comunista.
O golpe do Estado Novo No ano de 1937 deveria ocorrer eleições presidenciais para a sucessão de Getúlio Vargas. A disputa presidencial foi entre Armando de Sales Oliveira – que contava com o apoio dos paulistas e de facções de oligarquias de outros Estados. Representava uma oposição liberal ao centralismo de Vargas.
A outra candidatura era a de José Américo de Almeida, apoiado pelo Rio Grande do Sul, pelas oligarquias nordestinas e pelos Partidos Republicanos de São Paulo e Minas Gerais. Um terceiro candidato era Plínio Salgado, da Ação Integralista. A posição de Getúlio Vargas era muito confusa – não apoiando nenhum candidato. Na verdade a vontade de Getúlio era a de continuar no governo, em nome da estabilidade e normalidade constitucional; para tanto, contava com apoio de alguns setores da sociedade.
O continuísmo de Vargas recebeu apoio de uma parte do Exército – Góes Monteiro e Eurico Gaspar Dutra representavam a alta cúpula militar – surgindo a idéia de um golpe, sob o pretexto de garantir a segurança nacional.
O movimento de “salvação nacional” – que garantiu a permanência de Vargas no poder – foi a divulgação de um falso plano de ação comunista para assumir o poder no Brasil. Chamado de Plano Cohen, o falso plano serviu de pretexto para o golpe de 10 de novembro de 1937, decretando o fechamento do Congresso Nacional, suspensão da campanha presidencial e da Constituição de 1934. Iniciava-se o Estado Novo.
O Estado Novo ( 1937/1945 ). O Estado Novo – período da ditadura de Vargas – apresentou as seguintes características: intervencionismo do Estado na economia e na sociedade e um centralização política nas mãos do Executivo, anulando o federalismo republicano.
A CONSTITUIÇÃO DE 1937
Foi outorgada em 10 de novembro de 1937 e redigida por Francisco Campos. Baseada na constituição polonesa ( daí o apelido de “polaca” ) apresentava aspectos fascistas.
Principais características: centralização política e fortalecimento do poder presidencial; extinção do legislativo; subordinação do Poder Judiciário ao Poder Executivo; instituição dos interventores nos Estados e uma legislação trabalhista. A Constituição de 1937 eliminava a independência sindical e extinguia os partidos políticos.
A extinção da AIB deixou os integralistas insatisfeitos com Getúlio. Em maio de 1938 os integralistas tentaram um golpe contra Vargas –
o Putsch Integralista – que consistiu numa tentativa de ocupar o palácio presidencial. Vargas reagiu até a chegada a polícia e Plínio Salgado precisou fugir do país.
POLÍTICA TRABALHISTA
O Estado Novo procurou controlar o movimento trabalhador através da subordinação dos sindicatos ao Ministério do Trabalho. Proibiu-se as greves e qualquer tipo de manifestação.
Por outro lado, o Estado efetuou algumas concessões, tais como, o salário mínimo, a semana de trabalho de 44 horas, a carteira profissional, as férias remuneradas. As leis trabalhistas foram reunidas, em 1943, na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), regulamentando as relações entre patrões e empregados.
A aproximação de Vargas junto a classe trabalhadora urbana originou, no Brasil, o populismo – forma de manipulação do trabalhador urbano, onde o atendimento de algumas reivindicações não interfere no controle exercido pela burguesia.
POLÍTICA ECONÔMICA
O Estado Novo iniciou o planejamento econômico, procurando acelerar o processo de industrialização brasileiro. O Estado criou inúmeros órgãos com o objetivo de coordenar e estabelecer diretrizes de política econômica.
O governo interveio na economia criando as empresas estatais – sem questionar o regime privado. As empresas estatais encontravam-se em setores estratégicos, como a siderúrgia ( Companhia Siderúrgica Nacional ), a mineração ( Companhia Vale do Rio Doce ), hidrelétrica ( Companhia Hidrelétrica do Vale do São Francisco ), mecânica ( Fábrica Nacional de Motores ) e química (Fábrica Nacional de Álcalis ).
POLÍTICA ADMINISTRATIVA
Procurando centralizar e consolidar o poder político, o governo criou o DASP ( Departamento de Administração e Serviço Público), órgão de controle da economia. O outro instrumento do Estado Novo foi a criação do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda ), que realizava a propaganda do governo. O DIP controlava os meios de comunicação, por meio da censura.
Foi o mais importante instrumento de sustentação da ditadura que, ao lado da polícia secreta, comandada por Filinto Müller, instaurou no Brasil o período do terror: prisões, repressão, exílios, torturas etc...
Como exemplo de propaganda tem-se a criação da Hora do Brasil – que difundia as realizações do governo; o exemplo do terror fica por conta do caso de Olga Benário, mulher de Prestes, que foi presa e deportada para a Alemanha (grávida). Foi assassinada num campo de concentração.
O BRASIL E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Devido a pressões – internas e externas – Getúlio Vargas rompeu a neutralidade brasileira, em 1942, e declarou guerra ao Eixo ( Alemanha, Itália, Japão ). A participação do Brasil foi efetiva nos campos de batalha mediante o envio da FEB ( Força Expedicionária Brasileira ) e da FAB ( Força Aérea Brasileira ).
A participação brasileira na guerra provocou um paradoxo político: externamente o Brasil luta pela democracia e contra as ditaduras, internamente há ausência democrática em razão da ditadura. Esta situação, somada à vitória dos aliados contra os regimes totalitários, favorece o declínio do estado Novo e amplia as manifestações contra o regime.
O FIM DO ESTADO NOVO
Em 1943 Vargas prometeu eleições para o fim da guerra; no mesmo ano houve o Manifesto dos Mineiros, onde um grupo de intelectuais, políticos, jornalistas e profissionais liberais pediam a redemocratização do país. Em janeiro de 1945, o Primeiro Congresso Brasileiro de Escritores exigia a liberdade de expressão e eleições.
Em fevereiro do mesmo ano, Vargas publicava um ato adicional marcando eleições presidenciais para 2 de dezembro. Para concorrer as eleições surgiram os seguinte partidos políticos: UDN ( União Democrática Nacional )- Oposição liberal a Vargas e contra o comunismo.
Tinha como candidato o brigadeiro Eduardo Gomes; PSD ( Partido Social Democrático ) – era o partido dos interventores e apoiavam a candidatura do general Eurico Gaspar Dutra; PTB ( Partido Trabalhista Brasileiro ) – organizado pelo Ministério do Trabalho e tendo como presidente Getúlio Vargas.
Apoiava, junto com o PSD, Eurico Gaspar Dutra; PRP ( Partido de Representação Popular ) – de ideologia integralista e fundado por Plínio Salgado; PCB ( Partido Comunista Brasileiro ) – tinha como candidato o engenheiro Yedo Fiúza.
Em 1945 houve um movimento popular pedindo a permanência de Vargas – contando com o apoio do PCB. Este movimento ficou conhecido como queremismo, devido ao lema da campanha “Queremos Getúlio “.
O movimento popular assustou a classe conservadora, temendo a continuidade de Vargas no poder. No dia 29 de outubro foi dado um golpe, liderado por Goés Monteiro e Dutra. Vargas foi deposto sem resistência.
O governo foi entregue a José Linhares, presidente do Supremo Tribunal Federal. Em dezembro de 1945 foram realizadas as eleições com a vitória de Eurico Gaspar Dutra.
EXERCÍCIOS
1) (Fac. Med. Marília-SP)-De profundos reflexos no desenvolvimento da história política do Brasil, existe um episódio conhecido pelo nome de Plano Cohen que consiste:
a) na coligação de forças imperialistas que visavam impedir a proclamação da República, nos fins do século XIX
b) num documento forjado, denunciando uma fantasiosa implantação do comunismo no Brasil, a fim de justificar um golpe de Estado para o continuísmo de Getúlio Vargas no poder
c) no conjunto de propostas feitas pelo generais recém-chegados da Europa, ao fim da Segunda Guerra Mundial, para a volta do Estado democrático no Brasil, dominado pela ditadura de Vargas
d) nas transformações administrativas necessárias à interiorização da capital federal para Brasília; e) em algo totalmente diferente do que foi escrito anteriormente.
2) (Cesgranrio) – O regime político conhecido como Estado Novo implantado por golpe do próprio presidente Getúlio Vargas, em 1937, pode ser associado à (ao)
a) radicalização política do período representada pela Aliança Nacional Libertadora, de orientação comunista, e pela Ação Integralista Brasileira, de orientação fascista
b) modernização econômica do país e seu conflito com as principais potências capitalistas do mundo, que tentavam lhe barrar o desenvolvimento
c) ascensão dos militares à direção dos principais órgãos públicos, porque já se delineava o quadro da Segunda Guerra Mundial
d) democratização da sociedade brasileira em decorrência da ascensão de novos grupos sociais como os operários
e) retorno das oligarquias agrárias ao poder, restaurando-se a Federação nos mesmos moldes da República Velha.
3) (FUVEST-SP) – A política cultural do Estado Novo em relação aos intelectuais caracterizou se:
a) pela repressão indiscriminada, por serem os intelectuais considerados adversários de regimes ditatoriais
b) por um clima de ampla liberdade, pois o governo cortejava os intelectuais para obter apoio ao seu projeto nacional
c) pelas indiferença, pois os intelectuais não tinham expressão e o governo se baseava nas forças militares
d) pelo desinteresse com relação aos intelectuais, pois o governo se apoiava nos trabalhadores sindicalizados
e) por uma política seletiva através da qual só os adversários frontais do regime foram reprimidos.
4) (UFMS)- O queremismo, movimento surgido no final do Estado Novo (1945), tinha como uma de suas finalidades:
a) obter o fim da ditadura, afastando Getúlio Vargas do poder
b) formar um governo forte, em substituição ao de Getúlio Vargas
c) introduzir o parlamentarismo para controlar Getúlio Vargas
d) manter Getúlio Vargas no governo, sob um novo regime constitucional
e) instalar uma Assembléia Constituinte liderada pela União Democrática Nacional.
5) (Fuvest-SP) – O governo de Vargas, no período de 1937 a 1945, pode ser considerado:
a) presidencialismo autocrático
b) parlamentarismo populista
c) presidencialismo democrático
d) parlamentarismo oligárquico
e) ditadura socialista
6) (Vunesp)- A revolução constitucionalista de 1032 foi impulsionada pela:
a) Ação Integralista Brasileira, que procurou mobilizar a sociedade contra o fascismo europeu b) União dos estados de São Paulo, Mato Grosso e Rio de Janeiro
c) Tentativa de reação da velha oligarquia paulista, apoiada, a príncípio, pela oligarquia de Minas Gerais, contra o governo de Vargas
d) Reação de base popular, buscando a reconstitucionalização imediata do país
e) Contestação do Rio Grande do Sul, pelo regime dos interventores estaduais, adotado por Getúlio Vargas.
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Hidrografia do Ceará
Hidrografia do Ceará
*É bastante afetada pela má regularidade das chuvas e pelas condições geológicas das áreas onde estão as bacias hidrográficas dos rios cearenses.
*Há uma predominância de rios intermitentes.
*Os principais rios perenizados são: Jaguaribe, Acaraú e o Curu.
*Baixo potencial em recursos hídricos subterrâneos
*Existência de uma ampla infra-estrutura hídrica (açudes, canais e adutoras)
*A rede hidrográfica do Ceará é composta por:
Bacia do Rio Jaguaribe
Bacia do Rio Acaraú
Bacia do Rio Curu
Bacia do Rio Coreaú
Bacia do Rio Parnaíba
Bacia Metropolitana
Bacias do Litoral
Bacia do Rio Jaguaribe
*Maior e mais importante bacia do Ceará
*O principal rio é o Jaguaribe – nascente: Serra da Joaninha (Tauá), percorrendo cerca de 610 km
*Principais afluentes – Salgado, Quixeramobim, Banabuiú e Palhano
*Açudes – Orós, Banabuiú, Pedras Brancas, Trussu, Cedro e Castanhão
*Canal da Integração – possui a finalidade de transportar água do Castanhão para a Região Metropolitana de Fortaleza por meio dos açudes de Pacajús e Gavião
*Canal do São Francisco – prever uma transposição das águas do “velho Chico” pelo sertão nordestino. Passando por Pernambuco e chegando ao Castanhão pelos rios Cuncas, Salgado e Jaguaribe, respectivamente
Bacia do Rio Acaraú
*O principal rio é o Acaraú – nascente: Serra das Matas (Monsenhor Tabosa)
*Principais afluentes – Groaíras, Jucurutu, e Jaibaras
*Açudes – Araras, Edson Queiroz, Ayres de Souza, Acarú-mirim e Forquilha
Bacia do Rio Curu
*O principal rio é o Curu – nascente: Serra dos Machados
*Principais afluentes – Caxitoré, Tejussuoca, Canindé e Capitão-Mor
*Açudes – General Sampaio e Pentecostes
Bacia do Rio Coreaú
*O principal rio é o Coreaú – nascente: Planalto da Ibiapaba
*Principais afluentes – Timonha, Remédio, Pesqueira e Riacho Parezinho
*Açudes – Gangorra e Angicos
*Lagoas – Grande, da Moréia, do Boqueirão e da Gijoca
Bacia do Rio Parnaíba
*Os principais rios são: Poti, Macambira, Longá e Pirangi
*Está localizada no Piauí e no Ceará
*Açudes – Jaburu I e II e Barra Velha
Bacia Metropolitana
*Composta por 16 bacias independentes (São Gonçalo, Jereraú, Cauipe, Juá, Ceará, Maranguape, Cocó, Coaçú, Pacoti, Catu, Caponga Funda, Caponga Roseira, Malcozinhado, Choró, Uruaú e Pirangi)
*Açudes – Pacoti, Gavião, Riachão, Acarape do Meio e Pacajús
*Lagoas – de Messejana, da Banana, da Precaruba e Sapiranga
*Nos anos de seca prolongada a Bacia Metropolitana possui uma grande dependência da Bacia do Rio Jaguaribe
Bacias do Litoral
*Conjunto de bacias que drenam no sentido Sul-Norte para o Atlântico, os principais rios são – Aracatimirim, Aracatiaçu, Mundaú e Trairi
*As lagoas também são responsáveis pelo abastecimento nessas áreas, as principais são – Almacegas, dos Mercês, da Sabiaguaba e do Humaitá
Águas subterrâneas
*Os aqüíferos cristalinos oferecem poucas possibilidades para a captação de água, devido a impermeabilidade das rochas cristalinas. As reservas existentes, nessa área, apresentam uma água de má qualidade, rica em sais, tornando-a imprópria para o consumo
*A água de melhor qualidade está em regiões de rochas sedimentares, onde a permeabilidade é enorme (Chapada do Araripe, Planalto da Ibiapaba, Chapada do Apodi)
*Há uma falta de recursos para aproveitar o manancial hídrico subterrâneo
Pesquise:
Mapa do Ceará os principais rios e fale sua importância para a região.
Os principais açudes do Ceará e explique a finalidade destes para as devidas regiões.
sábado, 9 de outubro de 2010
ALTA IDADE MÉDIA - INÍCIO DO FEUDALISMO
Alunos do 1º A E B turno noite.
Os servos pagavam os seguintes tributos: corvéia, talha e banalidades. Façam uma pesquisa sobre os mesmos e escreva um texto comparando com os impostos atuais que o brasileiro paga.
Profª Marlene Pinheiro
Os servos pagavam os seguintes tributos: corvéia, talha e banalidades. Façam uma pesquisa sobre os mesmos e escreva um texto comparando com os impostos atuais que o brasileiro paga.
Profª Marlene Pinheiro
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
CAPÍTULO 02 - NOVELA POLLYANNA
CAPÍTULO 02
Precisamente aos vinte minutos para as quatro da tarde seguinte, Timothy e Nancy saíram na charrete para receber a visitante esperada. Timothy era sobrinho do velho Tom. Era um jovem de boa índole e igualmente de boa aparência.
Nancy repetia constantemente em sua mente: “Cabelos claros, vestido xadrez vermelho, chapéu de palha”. Perguntava-se várias vezes que tipo de menina seria Pollyanna.
_Espero que ela seja quieta e sensível, para o bem dela, que não derrube facas nem bata portas... _disse ela para Timothy, que tinha apeado.
_Bem, se ela não for, então não sei o que vai ser de nós _ sorriu ele. _ Imagine Miss Polly e uma criança barulhenta! Depressa! O trem está apitando.
_Ah, Timothy, acho que foi uma crueldade ela me mandar buscar a sobrinha em vez de vir _ comentou Nancy, assustada.
Nancy avistou a menina esguia usando vestido xadrez vermelho, com duas grossas tranças de cabelo cor-de-linho, pendendo às costas. Sob o chapéu de palha um pequeno rosto ansioso e sardento voltava-se para a direita e para a esquerda, claramente procurando alguém.
Nancy reconheceu a criança no mesmo instante, mas por algum tempo não conseguiu dominar os joelhos trêmulos para chegar até ela.
_É Miss... Pollyanna? _ indagou, hesitante.
No instante seguinte viu-se abraçada por dois braços.
_Estou tão contente em vê-la _ disse ansiosa.
_Sou Pollyanna, sim, e estou contente por ter vindo. Esperava que viesse.
_Esperava? _falou Nancy, perguntando-se como Pollyanna poderia conhecê-la.
_Esperava sim, e vim me perguntando durante toda a viagem, como seria a senhora.
Nancy ficou aliviada pela aproximação de Timothy, pois as palavras de Pollyanna a confundiam.
_Este é Timothy... Talvez tenha trazido um baú... _balbuciou ela.
_Trouxe, sim _ informou Pollyanna.
Finalmente os três partiram, com o baú de Pollyanna na traseira, e esta espremida entre Nancy e Timothy. Durante todo o percurso a menina manteve um fio ininterrupto de comentários e perguntas, até que a espantada Nancy encontrou-se sem fôlego, tentando acompanhá-la. Pollyanna conversou bastante durante o percurso até a casa de tia Polly. Falou de seu pai e de sua mãe.
_Tudo agora será mais fácil, porque tenho a senhora, tia Polly. Falou Pollyanna.
A compaixão de Nancy pela pequena abandonada transformou-se em pasmo.
_Mas... há um engano aqui. Sou Nancy. Não sou sua tia Polly _ balbuciou ela.
_Não... não é? _hesitou a menina, surpresa.
_Não. Sou apenas Nancy. Nunca pensei que fosse me tomar por ela. Nós... não somos nem um pouco parecidas... nem um pouco mesmo.
_Mas quem é? _quis saber Pollyanna.
_ Sou Nancy, a empregada. Faço todo o trabalho da casa, a não ser lavar e passar. Mrs. Durgin é quem faz isso.
_Mas existe uma tia Polly, não existe? _quis saber a menina ansiosamente.
_Pode apostar sua vida que existe _ disse Timothy.
Pollyanna suspirou.
_Então está tudo certo _ depois de um instante de silêncio, continuou: _ Sabe? Estou contente, afinal, que ela não tenha vindo me encontrar, porque agora ainda vou conhecê-la, e já conheci você.
Estou muito interessada em conhecer tia Polly. Sabe que ela é a única tia que tenho, e eu não soube disso por muito tempo. Meu pai me contou que ela morava em uma grande casa adorável no topo de uma colina.
_Mora mesmo. Podemos ver daqui _ respondeu Nancy.
Pollyanna chega. Miss Polly não se levantou para cumprimentar a sobrinha. Apenas ergueu os olhos de seu livro quando Nancy e a menina apareceram à porta da sala de estar, e estendeu a mão com o ar de dever estampado no gesto.
_Como vai, Pollyanna? Eu... _interrompeu-se, pois não teve chance de continuar: a menina veio correndo e atirou-se ao colo da tia escandalizada.
_Oh, tia Polly, não sei como vou demonstrar toda a alegria que estou sentindo por ter-me convidado para morar aqui com a senhora – disse ela soluçando.
_Pois bem Pollyanna solte-me e fique de pé, em uma posição apropriada... ainda não vi como você é.
_Acho que não mesmo; minha figura não é lá essas coisas... com estas sardas. E também com esse vestido de xadrez vermelho e aquele de veludo preto com os cotovelos puídos. Eu contei a Nancy o que papai disse...
_Agora não importa mais o que seu pai disse _ interrompeu Miss Polly. Tem um baú com suas coisa, eu presumo.
_Tenho sim, tia Polly, tenho um belo baú que as Auxiliadoras me deram. Não tenho muita coisa dentro... O baú está cheio com os livros de meu pai.
_Pollyanna _interrompeu a tia, não quero ouvir falar sobre seu pai.
_Por que tia Polly? Quer dizer...
_Vamos subir para o seu quarto. Seu baú já está lá.
Sem falar, Pollyanna voltou-se e seguiu a tia, sala afora. Os olhos estavam cheios de lágrimas. “Afinal acho que estou contente por ela não querer que eu fale sobre papai”, pensou Pollyanna.
Pollyanna, então convencida da “bondade” da tia, controlou as lágrimas e olhou ao redor. Estava encantada com a beleza da casa. Miss Polly caminhou pelo corredor até a escada que levava ao sótão. Estava contente por ter acomodado a menina na maior distância possível de si, em um local onde o descuido infantil não danificasse a mobília valiosa.
Pollyanna caminhava atrás da tia e imaginava como seria bonito o seu querido e belo quarto, cheio de cortinas, tapetes e quadros que pertenceria somente a ela.
SERÁ QUE POLLYANA FICOU CONTENTE COM O SEU NOVO QUARTO? SERÁ QUE É COMO ELA IMAGINOU?
NÃO PERCA O PRÓXIMO CAPÍTULO!
Precisamente aos vinte minutos para as quatro da tarde seguinte, Timothy e Nancy saíram na charrete para receber a visitante esperada. Timothy era sobrinho do velho Tom. Era um jovem de boa índole e igualmente de boa aparência.
Nancy repetia constantemente em sua mente: “Cabelos claros, vestido xadrez vermelho, chapéu de palha”. Perguntava-se várias vezes que tipo de menina seria Pollyanna.
_Espero que ela seja quieta e sensível, para o bem dela, que não derrube facas nem bata portas... _disse ela para Timothy, que tinha apeado.
_Bem, se ela não for, então não sei o que vai ser de nós _ sorriu ele. _ Imagine Miss Polly e uma criança barulhenta! Depressa! O trem está apitando.
_Ah, Timothy, acho que foi uma crueldade ela me mandar buscar a sobrinha em vez de vir _ comentou Nancy, assustada.
Nancy avistou a menina esguia usando vestido xadrez vermelho, com duas grossas tranças de cabelo cor-de-linho, pendendo às costas. Sob o chapéu de palha um pequeno rosto ansioso e sardento voltava-se para a direita e para a esquerda, claramente procurando alguém.
Nancy reconheceu a criança no mesmo instante, mas por algum tempo não conseguiu dominar os joelhos trêmulos para chegar até ela.
_É Miss... Pollyanna? _ indagou, hesitante.
No instante seguinte viu-se abraçada por dois braços.
_Estou tão contente em vê-la _ disse ansiosa.
_Sou Pollyanna, sim, e estou contente por ter vindo. Esperava que viesse.
_Esperava? _falou Nancy, perguntando-se como Pollyanna poderia conhecê-la.
_Esperava sim, e vim me perguntando durante toda a viagem, como seria a senhora.
Nancy ficou aliviada pela aproximação de Timothy, pois as palavras de Pollyanna a confundiam.
_Este é Timothy... Talvez tenha trazido um baú... _balbuciou ela.
_Trouxe, sim _ informou Pollyanna.
Finalmente os três partiram, com o baú de Pollyanna na traseira, e esta espremida entre Nancy e Timothy. Durante todo o percurso a menina manteve um fio ininterrupto de comentários e perguntas, até que a espantada Nancy encontrou-se sem fôlego, tentando acompanhá-la. Pollyanna conversou bastante durante o percurso até a casa de tia Polly. Falou de seu pai e de sua mãe.
_Tudo agora será mais fácil, porque tenho a senhora, tia Polly. Falou Pollyanna.
A compaixão de Nancy pela pequena abandonada transformou-se em pasmo.
_Mas... há um engano aqui. Sou Nancy. Não sou sua tia Polly _ balbuciou ela.
_Não... não é? _hesitou a menina, surpresa.
_Não. Sou apenas Nancy. Nunca pensei que fosse me tomar por ela. Nós... não somos nem um pouco parecidas... nem um pouco mesmo.
_Mas quem é? _quis saber Pollyanna.
_ Sou Nancy, a empregada. Faço todo o trabalho da casa, a não ser lavar e passar. Mrs. Durgin é quem faz isso.
_Mas existe uma tia Polly, não existe? _quis saber a menina ansiosamente.
_Pode apostar sua vida que existe _ disse Timothy.
Pollyanna suspirou.
_Então está tudo certo _ depois de um instante de silêncio, continuou: _ Sabe? Estou contente, afinal, que ela não tenha vindo me encontrar, porque agora ainda vou conhecê-la, e já conheci você.
Estou muito interessada em conhecer tia Polly. Sabe que ela é a única tia que tenho, e eu não soube disso por muito tempo. Meu pai me contou que ela morava em uma grande casa adorável no topo de uma colina.
_Mora mesmo. Podemos ver daqui _ respondeu Nancy.
Pollyanna chega. Miss Polly não se levantou para cumprimentar a sobrinha. Apenas ergueu os olhos de seu livro quando Nancy e a menina apareceram à porta da sala de estar, e estendeu a mão com o ar de dever estampado no gesto.
_Como vai, Pollyanna? Eu... _interrompeu-se, pois não teve chance de continuar: a menina veio correndo e atirou-se ao colo da tia escandalizada.
_Oh, tia Polly, não sei como vou demonstrar toda a alegria que estou sentindo por ter-me convidado para morar aqui com a senhora – disse ela soluçando.
_Pois bem Pollyanna solte-me e fique de pé, em uma posição apropriada... ainda não vi como você é.
_Acho que não mesmo; minha figura não é lá essas coisas... com estas sardas. E também com esse vestido de xadrez vermelho e aquele de veludo preto com os cotovelos puídos. Eu contei a Nancy o que papai disse...
_Agora não importa mais o que seu pai disse _ interrompeu Miss Polly. Tem um baú com suas coisa, eu presumo.
_Tenho sim, tia Polly, tenho um belo baú que as Auxiliadoras me deram. Não tenho muita coisa dentro... O baú está cheio com os livros de meu pai.
_Pollyanna _interrompeu a tia, não quero ouvir falar sobre seu pai.
_Por que tia Polly? Quer dizer...
_Vamos subir para o seu quarto. Seu baú já está lá.
Sem falar, Pollyanna voltou-se e seguiu a tia, sala afora. Os olhos estavam cheios de lágrimas. “Afinal acho que estou contente por ela não querer que eu fale sobre papai”, pensou Pollyanna.
Pollyanna, então convencida da “bondade” da tia, controlou as lágrimas e olhou ao redor. Estava encantada com a beleza da casa. Miss Polly caminhou pelo corredor até a escada que levava ao sótão. Estava contente por ter acomodado a menina na maior distância possível de si, em um local onde o descuido infantil não danificasse a mobília valiosa.
Pollyanna caminhava atrás da tia e imaginava como seria bonito o seu querido e belo quarto, cheio de cortinas, tapetes e quadros que pertenceria somente a ela.
SERÁ QUE POLLYANA FICOU CONTENTE COM O SEU NOVO QUARTO? SERÁ QUE É COMO ELA IMAGINOU?
NÃO PERCA O PRÓXIMO CAPÍTULO!
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
PARA REFLETIR!!!
O Tijolo
Um jovem e bem sucedido executivo dirigia por sua vizinhança, correndo um
pouco demais na sua nova Ferrari.
De repente um tijolo espatifou-se na porta lateral da Ferrari!
Freou bruscamente e deu ré até o lugar de onde teria vindo o tijolo.
Saltou do carro e pegou bruscamente uma criança empurrando-a contra um
veículo estacionado e gritou:
- Por que isso? Quem é você? Que besteira você pensa que está fazendo?
Este é um carro novo e caro. Aquele tijolo que você jogou vai me custar
muito dinheiro. Por que você fez isto?
- Por favor senhor me desculpe, eu não sabia mais o que fazer!
Implorou o pequeno menino.
- Ninguém estava disposto a parar e me atender neste local.
Lágrimas corriam do rosto do garoto, enquanto apontava na direção dos
carros estacionados.
- É meu irmão. Ele desceu sem freio e caiu de sua cadeira de rodas e não
consigo levantá-lo.
Soluçando, o menino perguntou ao executivo:
- O senhor poderia me ajudar a recolocá-lo em sua cadeira de rodas? Ele
está machucado e é muito pesado para mim.
Movido internamente muito além das palavras, o jovem motorista engolindo
"um nó imenso" dirigiu-se ao jovenzinho, colocando-o em sua cadeira de
rodas. Tirou seu lenço, limpou as feridas e arranhões, verificando se tudo estava bem.
- Obrigado e que Deus possa abençoá-lo - a grata criança disse a ele.
O homem então viu o menino se distanciar... empurrando o irmão em direção à casa.
Foi um longo caminho de volta para a Ferrari... um longo e lento caminho de volta.
Ele nunca consertou a porta amassada. Deixou amassada para lembrá-lo de não ir tão rápido pela vida, que alguém tivesse que atirar um tijolo para obter a sua atenção...
Deus sussurra em nossas almas e fala aos nossos corações.
Algumas vezes, quando nós não temos tempo de ouvir,
Ele tem de jogar um tijolo em nós.
Um jovem e bem sucedido executivo dirigia por sua vizinhança, correndo um
pouco demais na sua nova Ferrari.
De repente um tijolo espatifou-se na porta lateral da Ferrari!
Freou bruscamente e deu ré até o lugar de onde teria vindo o tijolo.
Saltou do carro e pegou bruscamente uma criança empurrando-a contra um
veículo estacionado e gritou:
- Por que isso? Quem é você? Que besteira você pensa que está fazendo?
Este é um carro novo e caro. Aquele tijolo que você jogou vai me custar
muito dinheiro. Por que você fez isto?
- Por favor senhor me desculpe, eu não sabia mais o que fazer!
Implorou o pequeno menino.
- Ninguém estava disposto a parar e me atender neste local.
Lágrimas corriam do rosto do garoto, enquanto apontava na direção dos
carros estacionados.
- É meu irmão. Ele desceu sem freio e caiu de sua cadeira de rodas e não
consigo levantá-lo.
Soluçando, o menino perguntou ao executivo:
- O senhor poderia me ajudar a recolocá-lo em sua cadeira de rodas? Ele
está machucado e é muito pesado para mim.
Movido internamente muito além das palavras, o jovem motorista engolindo
"um nó imenso" dirigiu-se ao jovenzinho, colocando-o em sua cadeira de
rodas. Tirou seu lenço, limpou as feridas e arranhões, verificando se tudo estava bem.
- Obrigado e que Deus possa abençoá-lo - a grata criança disse a ele.
O homem então viu o menino se distanciar... empurrando o irmão em direção à casa.
Foi um longo caminho de volta para a Ferrari... um longo e lento caminho de volta.
Ele nunca consertou a porta amassada. Deixou amassada para lembrá-lo de não ir tão rápido pela vida, que alguém tivesse que atirar um tijolo para obter a sua atenção...
Deus sussurra em nossas almas e fala aos nossos corações.
Algumas vezes, quando nós não temos tempo de ouvir,
Ele tem de jogar um tijolo em nós.
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
SEMANA DE ARTE MODERNA
ATIVIDADE DE PESQUISA - 3º ANO - PROFESSORA LELA.
EM RELAÇÃO A SEMANA DE ARTE MODERNA, PESQUISE SOBRE:
- Contexto Político – como era a organização política da década de 20 no Brasil.
- Contexto Econômico - como era a economia da época, o que predominava: comércio, agricultura e etc.
- Modernismo – o que foi o Modernismo Brasileiro.
- Semana de Arte Moderna – o que foi, onde ocorreu, o que significou e ainda significa para a Arte brasileira.
-Qual o perfil dos seguintes participantes da Semana de Arte Moderna:
1-Mário de Andrade
2-Oswald de Andrade
3- Manuel Bandeira
4-Anita Malfatti
EM RELAÇÃO A SEMANA DE ARTE MODERNA, PESQUISE SOBRE:
- Contexto Político – como era a organização política da década de 20 no Brasil.
- Contexto Econômico - como era a economia da época, o que predominava: comércio, agricultura e etc.
- Modernismo – o que foi o Modernismo Brasileiro.
- Semana de Arte Moderna – o que foi, onde ocorreu, o que significou e ainda significa para a Arte brasileira.
-Qual o perfil dos seguintes participantes da Semana de Arte Moderna:
1-Mário de Andrade
2-Oswald de Andrade
3- Manuel Bandeira
4-Anita Malfatti
domingo, 22 de agosto de 2010
O esplendor de Roma
Introdução
A história de Roma Antiga é fascinante em função da cultura desenvolvida e dos avanços conseguidos por esta civilização. De uma pequena cidade, tornou-se um dos maiores impérios da antiguidade. Dos romanos, herdamos uma série de características culturais. O direito romano, até os dias de hoje está presente na cultura ocidental, assim como o latim, que deu origem a língua portuguesa, francesa, italiana e espanhola.
Origem de Roma : explicação mitológica
Os romanos explicavam a origem de sua cidade através do mito de Rômulo e Remo. Segundo a mitologia romana, os gêmeos foram jogados no rio Tibre, na Itália. Resgatados por uma loba, que os amamentou, foram criados posteriormente por um casal de pastores. Adultos, retornam a cidade natal de Alba Longa e ganham terras para fundar uma nova cidade que seria Roma.
Origens de Roma : explicação histórica e Monarquia Romana (753 a.C a 509 a.C)
De acordo com os historiadores, a fundação de Roma resulta da mistura de três povos que foram habitar a região da Península Itálica: gregos, etruscos e italiotas. Desenvolveram na região uma economia baseada na agricultura e nas atividades pastoris. A sociedade, nesta época, era formada por patrícios ( nobres proprietários de terras ) e plebeus ( comerciantes, artesãos e pequenos proprietários ). O sistema político era a monarquia, já que a cidade era governada por um rei de origem patrícia.
A religião neste período era politeísta, adotando deuses semelhantes aos dos gregos, porém com nomes diferentes. Nas artes destacava-se a pintura de afrescos, murais decorativos e esculturas com influências gregas.
República Romana (509 a.C. a 27 a.C)
Durante o período republicano, o senado Romano ganhou grande poder político. Os senadores, de origem patrícia, cuidavam das finanças públicas, da administração e da política externa. As atividades executivas eram exercidas pelos cônsules e pelos tribunos da plebe.
A criação dos tribunos da plebe está ligada às lutas dos plebeus por uma maior participação política e melhores condições de vida.
Em 367 a.C, foi aprovada a Lei Licínia, que garantia a participação dos plebeus no Consulado (dois cônsules eram eleitos: um patrício e um plebeu). Esta lei também acabou com a escravidão por dívidas (válida somente para cidadãos romanos).
Formação e Expansão do Império Romano
Após dominar toda a península itálica, os romanos partiram para as conquistas de outros territórios. Com um exército bem preparado e muitos recursos, venceram os cartagineses, liderados pelo general Anibal, nas Guerras Púnicas (século III a.C). Esta vitória foi muito importante, pois garantiu a supremacia romana no Mar Mediterrâneo. Os romanos passaram a chamar o Mediterrâneo de Mare Nostrum.
Após dominar Cartago, Roma ampliou suas conquistas, dominando a Grécia, o Egito, a Macedônia, a Gália, a Germânia, a Trácia, a Síria e a Palestina.
Com as conquistas, a vida e a estrutura de Roma passaram por significativas mudanças. O império romano passou a ser muito mais comercial do que agrário. Povos conquistados foram escravizados ou passaram a pagar impostos para o império. As províncias (regiões controladas por Roma) renderam grandes recursos para Roma. A capital do Império Romano enriqueceu e a vida dos romanos mudou.
Principais imperadores romanos : Augusto (27 a.C. - 14 d.C), Tibério (14-37), Caligula (37-41), Nero (54-68), Marco Aurelio (161-180), Comodus (180-192).
Pão e Circo
Com o crescimento urbano vieram também os problemas sociais para Roma. A escravidão gerou muito desemprego na zona rural, pois muitos camponeses perderam seus empregos. Esta massa de desempregados migrou para as cidades romanas em busca de empregos e melhores condições de vida. Receoso de que pudesse acontecer alguma revolta de desempregados, o imperador criou a política do Pão e Circo. Esta consistia em oferecer aos romanos alimentação e diversão. Quase todos os dias ocorriam lutas de gladiadores nos estádios ( o mais famoso foi o Coliseu de Roma ), onde eram distribuídos alimentos. Desta forma, a população carente acabava esquecendo os problemas da vida, diminuindo as chances de revolta.
Cultura Romana
A cultura romana foi muito influenciada pela cultura grega. Os romanos "copiaram" muitos aspectos da arte, pintura e arquitetura grega.
Os balneários romanos espalharam-se pelas grandes cidades. Eram locais onde os senadores e membros da aristocracia romana iam para discutirem política e ampliar seus relacionamentos pessoais.
A língua romana era o latim, que depois de um tempo espalhou-se pelos quatro cantos do império, dando origem na Idade Média, ao português, francês, italiano e espanhol.
A mitologia romana representava formas de explicação da realidade que os romanos não conseguiam explicar de forma científica. Trata também da origem de seu povo e da cidade que deu origem ao império. Entre os principais mitos romanos, podemos destacar: Rômulo e Remo e O rapto de Proserpina.
Religião Romana
Os romanos eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses. A grande parte dos deuses romanos foram retirados do panteão grego, porém os nomes originais foram mudados. Muitos deuses de regiões conquistadas também foram incorporados aos cultos romanos. Os deuses eram antropomórficos, ou seja, possuíam características ( qualidades e defeitos ) de seres humanos, além de serem representados em forma humana. Além dos deuses principais, os romanos cultuavam também os deuses lares e penates. Estes deuses eram cultuados dentro das casas e protegiam a família.
Principais deuses romanos : Júpiter, Juno, Apolo, Marte, Diana, Vênus, Ceres e Baco.
Crise e decadência do Império Romano
Por volta do século III, o império romano passava por uma enorme crise econômica e política. A corrupção dentro do governo e os gastos com luxo retiraram recursos para o investimento no exército romano. Com o fim das conquistas territoriais, diminuiu o número de escravos, provocando uma queda na produção agrícola. Na mesma proporção, caia o pagamento de tributos originados das províncias.
Em crise e com o exército enfraquecido, as fronteiras ficavam a cada dia mais desprotegidas. Muitos soldados, sem receber salário, deixavam suas obrigações militares.
Os povos germânicos, tratados como bárbaros pelos romanos, estavam forçando a penetração pelas fronteiras do norte do império. No ano de 395, o imperador Teodósio resolve dividir o império em: Império Romano do Ocidente, com capital em Roma e Império Romano do Oriente (Império Bizantino), com capital em Constantinopla.
Em 476, chega ao fim o Império Romano do Ocidente, após a invasão de diversos povos bárbaros, entre eles, visigodos, vândalos, burgúndios, suevos, saxões, ostrogodos, hunos etc. Era o fim da Antiguidade e início de uma nova época chamada de Idade Média.
Faça uma leitura do texto e em seu caderno destaque os aspectos socio econômico, político, religioso e cultural.
Pesquise no Google algumas curiosidade desta sociedade.
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Grécia
Mulheres de Atenas
(Chico Buarque - Augusto Boal, 1976)
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Vivem pros seu maridos, orgulho e raзa de Atenas
Quando amadas, se perfumam
Se banham com leite, se arrumam
Suas melenas
Quando fustigadas nгo choram
Se ajoelham, pedem, imploram
Mais duras penas
Cadenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Sofrem pros seus maridos, poder e forзa de Atenas
Quando eles embarcam, soldados
Elas tecem longos bordados
Mil quarentenas
E quando eles voltam sedentos
Querem arrancar violentos
Carнcias plenas
Obscenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Despem-se pros maridos, bravos guerreiros de Atenas
Quando eles se entopem de vinho
Costumam buscar o carinho
De outras falenas
Mas no fim da noite, aos pedaзos
Quase sempre voltam pros braзos
De suas pequenas
Helenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Geram pros seus maridos os novos filhos de Atenas
Elas nгo tкm gosto ou vontade
Nem defeito nem qualidade
Tкm medo apenas
Nгo tкm sonhos, sу tкm pressбgios
O seu homem, mares, naufrбgios
Lindas sirenas
Morenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Temem por seus maridos, herуis e amantes de Atenas
As jovens viъvas marcadas
E as gestantes abandonadas
Nгo fazem cenas
Vestem-se de negro, se encolhem
Se conformam e se recolhem
Аs suas novenas
Serenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Secam por seus maridos, orgulho e raзa de Atenas
Analise a música Mulheres de Atenas - Chico Buarque
Pesquise sobre a atual sociedade grega e faça um comentário apontando as mudanças e permanências do papel da mulher nesta sociedade.
(Chico Buarque - Augusto Boal, 1976)
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Vivem pros seu maridos, orgulho e raзa de Atenas
Quando amadas, se perfumam
Se banham com leite, se arrumam
Suas melenas
Quando fustigadas nгo choram
Se ajoelham, pedem, imploram
Mais duras penas
Cadenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Sofrem pros seus maridos, poder e forзa de Atenas
Quando eles embarcam, soldados
Elas tecem longos bordados
Mil quarentenas
E quando eles voltam sedentos
Querem arrancar violentos
Carнcias plenas
Obscenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Despem-se pros maridos, bravos guerreiros de Atenas
Quando eles se entopem de vinho
Costumam buscar o carinho
De outras falenas
Mas no fim da noite, aos pedaзos
Quase sempre voltam pros braзos
De suas pequenas
Helenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Geram pros seus maridos os novos filhos de Atenas
Elas nгo tкm gosto ou vontade
Nem defeito nem qualidade
Tкm medo apenas
Nгo tкm sonhos, sу tкm pressбgios
O seu homem, mares, naufrбgios
Lindas sirenas
Morenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Temem por seus maridos, herуis e amantes de Atenas
As jovens viъvas marcadas
E as gestantes abandonadas
Nгo fazem cenas
Vestem-se de negro, se encolhem
Se conformam e se recolhem
Аs suas novenas
Serenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Secam por seus maridos, orgulho e raзa de Atenas
Analise a música Mulheres de Atenas - Chico Buarque
Pesquise sobre a atual sociedade grega e faça um comentário apontando as mudanças e permanências do papel da mulher nesta sociedade.
terça-feira, 17 de agosto de 2010
PARA REFLETIR!!!
DÊ UMA CHANCE A SI MESMO
Ninguém realmente é dono de nossa felicidade, nós é que construímos as nossas próprias felicidade ou infelicidade.
Somos livres graças a Deus, temos o livre - árbitro para fazer de tudo, tanto de bom como de ruim.
Somos donos somente dos nossos desejos e sonhos, não somos donos dos desejos e sonhos de ninguém.
Sei e compreendo que quando estamos carentes dizemos as seguintes frases:
‘’Eu preciso de você, você é razão da minha vida’’.
Já falei várias vezes essas frases...
E isso realmente faz muito mal ao nosso interior, pois esquecemos de nos dar chance de sermos felizes de verdade.‘’
Desapegar do que nos faz mal e nos impede de crescer interiormente.
Há algum tempo atrás senti um imenso vazio, tendo de tudo e achando que faltava algo...
Na verdade falta algo, mas não posso viver em função dessa falta.
É vivenciando o meu interior todos os dias que meus pensamentos estão mudando aos poucos.
Problemas financeiros todos tem...
E quem não tem problemas familiares?
Que não sente falta de alguém para amar?
Quem é que não gostaria de amar e ser amado verdadeiramente?
É necessário sim, acalmar o nosso interior, para encontrarmos a resposta para nossas dúvidas.
Não podemos realmente colocar a felicidade longe de nós, às vezes ela está tão perto que nem nos damos conta.
Insistimos em dar mais importância ao que perdemos e menos ao que conquistamos ou que já foi conquistado.
O sorriso é fundamental.
Sorrir com o coração, com alma, com os olhos.
O sorriso verdadeiro é realmente aprovado por todos principalmente pelos anjos.
Realmente não podemos exigir de ninguém o que ainda não conquistamos, e mesmo que tenha conquistado não teremos o direito de exigir, mas de pedir, exigir...
Nunca.
Infelizmente somos críticos e enquanto não formos afortunados espiritualmente seremos critico.
Não é na lamentação, nem na oração fazendo dela um mantra ou clamando várias e várias vezes as mesmas coisas que conseguiremos o alívio das nossas dores, a paz de espírito.
Peça uma única vez tudo de bom quiser para você e o universo te ouvirá.
Temos que aprender a ouvir o nosso interior, ouvir a voz do universo, do mar do rio, da natureza...
Já estávamos unidos desde quando nascemos e estaremos unidos a essas forças supremas, sobrenaturais e desconhecida até a nossa morte.
Por isso viva a vida, dê uma chance a si mesmo para ser feliz, isso que é importante, porque assim, você poderá alcançar a completa liberdade sem esforço.
E que através dessa virtude possa atingir a completa satisfação e liberdade.
Autor ( S.Bernardell
Ninguém realmente é dono de nossa felicidade, nós é que construímos as nossas próprias felicidade ou infelicidade.
Somos livres graças a Deus, temos o livre - árbitro para fazer de tudo, tanto de bom como de ruim.
Somos donos somente dos nossos desejos e sonhos, não somos donos dos desejos e sonhos de ninguém.
Sei e compreendo que quando estamos carentes dizemos as seguintes frases:
‘’Eu preciso de você, você é razão da minha vida’’.
Já falei várias vezes essas frases...
E isso realmente faz muito mal ao nosso interior, pois esquecemos de nos dar chance de sermos felizes de verdade.‘’
Desapegar do que nos faz mal e nos impede de crescer interiormente.
Há algum tempo atrás senti um imenso vazio, tendo de tudo e achando que faltava algo...
Na verdade falta algo, mas não posso viver em função dessa falta.
É vivenciando o meu interior todos os dias que meus pensamentos estão mudando aos poucos.
Problemas financeiros todos tem...
E quem não tem problemas familiares?
Que não sente falta de alguém para amar?
Quem é que não gostaria de amar e ser amado verdadeiramente?
É necessário sim, acalmar o nosso interior, para encontrarmos a resposta para nossas dúvidas.
Não podemos realmente colocar a felicidade longe de nós, às vezes ela está tão perto que nem nos damos conta.
Insistimos em dar mais importância ao que perdemos e menos ao que conquistamos ou que já foi conquistado.
O sorriso é fundamental.
Sorrir com o coração, com alma, com os olhos.
O sorriso verdadeiro é realmente aprovado por todos principalmente pelos anjos.
Realmente não podemos exigir de ninguém o que ainda não conquistamos, e mesmo que tenha conquistado não teremos o direito de exigir, mas de pedir, exigir...
Nunca.
Infelizmente somos críticos e enquanto não formos afortunados espiritualmente seremos critico.
Não é na lamentação, nem na oração fazendo dela um mantra ou clamando várias e várias vezes as mesmas coisas que conseguiremos o alívio das nossas dores, a paz de espírito.
Peça uma única vez tudo de bom quiser para você e o universo te ouvirá.
Temos que aprender a ouvir o nosso interior, ouvir a voz do universo, do mar do rio, da natureza...
Já estávamos unidos desde quando nascemos e estaremos unidos a essas forças supremas, sobrenaturais e desconhecida até a nossa morte.
Por isso viva a vida, dê uma chance a si mesmo para ser feliz, isso que é importante, porque assim, você poderá alcançar a completa liberdade sem esforço.
E que através dessa virtude possa atingir a completa satisfação e liberdade.
Autor ( S.Bernardell
domingo, 15 de agosto de 2010
ATIVIDADES 3º ANO - Professora Lela.
Leia o primeiro capítulo da novela Pollyanna, pesquise a biografia da autora Eleanor H. Porter e em seguida resolva as atividades propostas sobre questóes do SPAECE e ENEM.
CAPÍTULO 01
Miss Polly Harrington entrou rapidamente em sua cozinha naquela manhã de junho. Ela não costumava ter pressa e orgulhava-se especialmente de seus modos comedidos. Porém naquela manhã, apressava-se de verdade.
Nancy, lavando pratos na pia, ergueu os olhos, surpresa. Nancy trabalhava na cozinha de Miss Polly havia apenas dois meses, mas já sabia que a patroa jamais se apressava.
_ Nancy!
¬_Sim, senhora? _ respondeu Nancy alegremente, continuando a esfregar a jarra em sua mão.
_Nancy _ a voz de Miss Polly assumiu um tom severo _ quando eu estiver falando com você, espero que pare e preste atenção no que tenho a dizer.
Miss Polly era a dona da mansão Harrington e uma das moradoras mais ricas da cidade. Era uma mulher severa, de rosto grave, que franzia o cenho se uma faca caísse no assoalho ou se uma porta batesse, porém jamais sorria se as coisas permanecessem em seus lugares.
_Quando terminar o trabalho da manhã pode limpar o quarto pequeno no alto das escadas, no sótão, e faça a cama. Varra o quarto e limpe tudo. Minha sobrinha, Miss Pollyanna Whittier, vem morar comigo. Tem onze anos e irá dormir nesse quarto.
_Uma menina... vindo para cá, Miss Harrington? Que bom vai ser!
_Bom? Bem, essa não é exatamente a palavra que eu usaria... Naturalmente, pretendo fazer o melhor possível nessa situação. Sou uma boa mulher, espero e conheço, e conheço meus deveres.
_Sim, senhora, só achei que uma menina poderia... bem, alegrar as coisas... para a senhora.
_Obrigada _ respondeu miss Polly com frieza.
_naturalmente a senhora... iria querer ficar com ela, a filha de sua irmã _ disse Nancy, sentindo de que alguma forma precisaria preparar a acolhida da pequena e solitária estranha.
_ Bem, Nancy, só porque o acaso me deu uma irmã que foi tola o suficiente para se casar e trazer uma criança desnecessária a um mundo repleto, não vejo por que deveria querer tomar conta dela eu mesma.
Em seu quarto, Miss Polly apanhou mais uma vez a carta que recebera dois dias antes da longínqua cidade no Oeste e que lhe causara tão desagradável surpresa, leu e depois dobrou e a recolocou no envelope. Respondera no dia anterior, dizendo que aceitaria a criança, naturalmente.
Nancy varria e esfregava o pequeno quarto do sótão. A idéia de enfiar a abençoada criança neste quarto quente e sem aquecimento no inverno é uma crueldade; e com uma casa imensa como esta, com tantos quartos... Criança desnecessária!
Naquela tarde, Nancy separou alguns minutos para conversar com o velho Tom, que limpava o jardim havia incontáveis anos.
_Mr. Tom sabia que vem uma menina para cá, morar com Miss Polly?
_Uma... o quê? _ Perguntou o velho.
_Uma menina para viver com Miss Polly.
_deixe de zombar de um velho _disse Tom, incrédulo.
_É verdade, ela mesma me disse hoje. È a sobrinha dela, e tem onze anos.
_Não é possível. Só pode ser... a filha de Mrs. Jennie. Não pensei que meus velhos olhos vissem esse dia.
_Quem é Mrs Jennie?
_Ela era um anjo caído do céu... _ disse o velho. Tinha vinte anos quando se casou e foi embora daqui, faz muitos anos. Ouvi dizer que todos os bebês dela morreram menos o último; deve ser essa que está vindo para cá.
_Ela tem onze anos.
_Isso, deve ser isso mesmo _ falou o velho empregado.
_E vai dormir no sótão... uma vergonha! _acrescentou Nancy.
O velho Tom franziu a testa e depois sorriu.
_Estou imaginando o que Miss Polly fará com uma criança na casa.
_E eu estou imaginando o que uma criança fará com Miss Polly na casa!
O velho jardineiro riu.
_Acho que não gosta muito de Miss Polly _ disse ele sorrindo.
_Será que alguém gosta?
_Acho que não deve saber sobre o caso de amor de Miss Polly _ disse ele, devagar.
_ Caso de amor... ela! Não. E acho que ninguém mais sabe, também.
_Ah, sabem sim. E o sujeito também mora até hoje... nesta cidade.
_Quem é?
_Não vou dizer... não é certo... _respondeu ele, endireitando o corpo.
_Mas não parece possível... ela e um admirador _ disse Nancy.
_Não conheceu Miss Polly como eu conheci... disse ele. _Ela era muito bonita... e seria ainda, se quisesse.
_Bonita! Miss Polly?
_Isso mesmo.
No tempo devido chegou o telegrama anunciando que Pollyanna chegaria em Beldingsville no dia seguinte, 25 de junho, às quatro horas da tarde. Miss Polly leu o telegrama, franziu a testa, depois subiu as escadas até o sótão. Examinou o quarto que continha uma cama pequena, duas cadeiras, um lavatório, uma escrivaninha sem nenhum espelho e uma mesa pequena.
_Nancy – disse Miss Polly. Achei uma mosca no quarto de Miss Pollyanna. A janela deve ter ficado aberta em algum momento. Minha sobrinha irá chegar amanhã às quatro horas. Desejo que vá encontrá-la na estação. Timothy a levará até lá na charrete aberta. O telegrama dizia “cabelos claros, vestido de xadrez vermelho e chapéu de palha”. Isso é tudo o que sei, mas acho que é o suficiente para seu propósito.
_Sim, senhora, mas eu... a senhora...
Miss Polly com certeza entendeu o que a pausa queria dizer, pois franziu ainda mais a testa e disse com rispidez:
_Não, não irei. Imagino que não seja necessário que eu vá...e isso é tudo.
COMO SERÁ A CHEGADA DE POLLYANNA NA CASA DE SUA TIA? SERÁ QUE ELA SERÁ BEM RECEBIDA? NÃO PERCA O PRÓXIMO CAPÍTULO!
Resolva as atividades
TEXTO 01 (Descritor 2)
“A nossa constituição não inveja a lei dos nossos vizinhos. (...) Não imitamos os outros. Pelo contrário, servimos de modelos a alguns. Esse modelo, próprio de Atenas, recebeu o nome democracia, porque a sua direção não está na mão de um pequeno grupo, mas sim da maioria. (...) Um temor salutar impede-nos de falar ao cumprimento dos nossos deveres no que toca à pátria. Respeitamos sempre os magistrados e as leis. Perante elas, todos os atenienses são iguais, iguais na vida privada, iguais na solução dos diferendos entre particulares, iguais na obtenção das honras as quais são devidas aos méritos e não à classe.”
Na frase “Perante elas, todos os atenienses são iguais, iguais na vida privada, iguais na solução dos diferendos entre particulares, iguais na obtenção das honras as quais são devidas aos méritos e não à classe.” A expressão destacada refere-se a
A) solução B) elas C) iguais D) obtenção E) honras
TEXTO 02 (Descritor 7)
Receitas da vovó
Lembra aquela receita que só sua mãe ou sua avó sabem fazer? Pois saiba que, além se gostoso esse prato é parte importante da culinária brasileira. É verdade. Os cadernos de receita são registros culturais. Primeiro, porque resgatam antigas tradições, seja familiares ou étnicas. Além disso, mostram como se fala ou se falava em determinada região. E ainda servem como passagens do tempo, chaves para alcançarmos memórias emocionais que a gente nem sabia que tinha (se você se lembrou do prato que sua avó ou sua mãe fazia, você sabe do que estou falando).
A tese defendida pelo autor do texto é de que as receitas culinárias
A) fazem com que lembremos da nossa infância.
B) indicam o modo de falar em determinada região.
C) resgatam nossas tradições familiares ou étnicas.
D) são as que só nossas mães ou avós conhecem.
E) são uma parte importante da cultura brasileira.
TEXTO 03 (Descritor 17)
Teresa
Manuel Bandeira
A primeira vez que vi Teresa
Achei que ela tinha pernas estúpidas
Achei também que a cara pareia uma perna
Quando vi Teresa de novo
Achei que os olhos eram muito mais velhos que o resto do corpo
(os olhos nasceram e ficaram dez anos esperando que o resto do corpo nascesse)
Da terceira vez não vi mais nada
Os céus se misturaram com a terra
E o espírito de Deus voltou a se mover sobre a face das águas.
No verso “Achei que os olhos eram muito mais velhos que o resto do corpo”, a palavra destacada apresenta uma ideia de
A) causalidade B) comparação C) concessão D) conclusão E) conseqüência
TEXTO 04 (Descritor 14)
Deitada na calçada, Dona Belarmina, 71 anos, parece até serena, quase adormecida embaixo do cobertor quadriculado, a cabeça apoiada em pedaços dobrados de papelão, que lhe servem também de colchão. Ainda é cedo, oito da noite, e o movimento de carros e pessoas é intenso. Ninguém presta atenção.
“Já perdi tudo, até a vergonha”, diz, a voz quase inaudível. Perdeu a família, que lhe virou as costas quando se tornou um peso difícil de sustentar. Perdeu as condições de trabalhar “Eu era uma mulher trabalhadeira.” Perdeu o interesse pela vida. Não sabe quem é o presidente da República, nem o Governador, nem o Prefeito. “E eles sabem que eu exisro? Ninguém sabe nem que estou viva!”
(Jornal do Brasil. Rio de Janeiro, 4 de janeiro de 2000)
Em qual das citações abaixo está expressa uma opinião do jornalista, autor do texto?
A) “Dona Belarmina, 71 anos,...”
B) “Ainda é cedo, oito da noite,...”
C) “...parece até serena, quase adormecida...”
D) “a cabeça apoiada em pedaços de papelão,...”
E) “... o movimento de carros e pessoas é intenso.”
TEXTO 05 (ENEM)
Saúde, no modelo atual de qualidade de vida, é o
resultado das condições de alimentação, habitação,
educação, renda, trabalho, transporte, lazer, serviços
médicos e acesso à atividade física regular. Quanto ao
acesso à atividade física, um dos elementos essenciais é a
aptidão física, entendida como a capacidade de a pessoa
utilizar seu corpo — incluindo músculos, esqueleto,
coração, enfim, todas as partes —, de forma eficiente em
suas atividades cotidianas; logo, quando se avalia a saúde
de uma pessoa, a aptidão física deve ser levada em conta.
A partir desse contexto, considera-se que uma pessoa tem
boa aptidão física quando
A) apresenta uma postura regular.
B) pode se exercitar por períodos curtos de tempo.
C) pode desenvolver as atividades físicas do dia-a-dia,
independentemente de sua idade.
D) pode executar suas atividades do dia a dia com vigor,
atenção e uma fadiga de moderada a intensa.
E) pode exercer atividades físicas no final do dia, mas
suas reservas de energia são insuficientes para
atividades intelectuais.
Leia o primeiro capítulo da novela Pollyanna, pesquise a biografia da autora Eleanor H. Porter e em seguida resolva as atividades propostas sobre questóes do SPAECE e ENEM.
CAPÍTULO 01
Miss Polly Harrington entrou rapidamente em sua cozinha naquela manhã de junho. Ela não costumava ter pressa e orgulhava-se especialmente de seus modos comedidos. Porém naquela manhã, apressava-se de verdade.
Nancy, lavando pratos na pia, ergueu os olhos, surpresa. Nancy trabalhava na cozinha de Miss Polly havia apenas dois meses, mas já sabia que a patroa jamais se apressava.
_ Nancy!
¬_Sim, senhora? _ respondeu Nancy alegremente, continuando a esfregar a jarra em sua mão.
_Nancy _ a voz de Miss Polly assumiu um tom severo _ quando eu estiver falando com você, espero que pare e preste atenção no que tenho a dizer.
Miss Polly era a dona da mansão Harrington e uma das moradoras mais ricas da cidade. Era uma mulher severa, de rosto grave, que franzia o cenho se uma faca caísse no assoalho ou se uma porta batesse, porém jamais sorria se as coisas permanecessem em seus lugares.
_Quando terminar o trabalho da manhã pode limpar o quarto pequeno no alto das escadas, no sótão, e faça a cama. Varra o quarto e limpe tudo. Minha sobrinha, Miss Pollyanna Whittier, vem morar comigo. Tem onze anos e irá dormir nesse quarto.
_Uma menina... vindo para cá, Miss Harrington? Que bom vai ser!
_Bom? Bem, essa não é exatamente a palavra que eu usaria... Naturalmente, pretendo fazer o melhor possível nessa situação. Sou uma boa mulher, espero e conheço, e conheço meus deveres.
_Sim, senhora, só achei que uma menina poderia... bem, alegrar as coisas... para a senhora.
_Obrigada _ respondeu miss Polly com frieza.
_naturalmente a senhora... iria querer ficar com ela, a filha de sua irmã _ disse Nancy, sentindo de que alguma forma precisaria preparar a acolhida da pequena e solitária estranha.
_ Bem, Nancy, só porque o acaso me deu uma irmã que foi tola o suficiente para se casar e trazer uma criança desnecessária a um mundo repleto, não vejo por que deveria querer tomar conta dela eu mesma.
Em seu quarto, Miss Polly apanhou mais uma vez a carta que recebera dois dias antes da longínqua cidade no Oeste e que lhe causara tão desagradável surpresa, leu e depois dobrou e a recolocou no envelope. Respondera no dia anterior, dizendo que aceitaria a criança, naturalmente.
Nancy varria e esfregava o pequeno quarto do sótão. A idéia de enfiar a abençoada criança neste quarto quente e sem aquecimento no inverno é uma crueldade; e com uma casa imensa como esta, com tantos quartos... Criança desnecessária!
Naquela tarde, Nancy separou alguns minutos para conversar com o velho Tom, que limpava o jardim havia incontáveis anos.
_Mr. Tom sabia que vem uma menina para cá, morar com Miss Polly?
_Uma... o quê? _ Perguntou o velho.
_Uma menina para viver com Miss Polly.
_deixe de zombar de um velho _disse Tom, incrédulo.
_É verdade, ela mesma me disse hoje. È a sobrinha dela, e tem onze anos.
_Não é possível. Só pode ser... a filha de Mrs. Jennie. Não pensei que meus velhos olhos vissem esse dia.
_Quem é Mrs Jennie?
_Ela era um anjo caído do céu... _ disse o velho. Tinha vinte anos quando se casou e foi embora daqui, faz muitos anos. Ouvi dizer que todos os bebês dela morreram menos o último; deve ser essa que está vindo para cá.
_Ela tem onze anos.
_Isso, deve ser isso mesmo _ falou o velho empregado.
_E vai dormir no sótão... uma vergonha! _acrescentou Nancy.
O velho Tom franziu a testa e depois sorriu.
_Estou imaginando o que Miss Polly fará com uma criança na casa.
_E eu estou imaginando o que uma criança fará com Miss Polly na casa!
O velho jardineiro riu.
_Acho que não gosta muito de Miss Polly _ disse ele sorrindo.
_Será que alguém gosta?
_Acho que não deve saber sobre o caso de amor de Miss Polly _ disse ele, devagar.
_ Caso de amor... ela! Não. E acho que ninguém mais sabe, também.
_Ah, sabem sim. E o sujeito também mora até hoje... nesta cidade.
_Quem é?
_Não vou dizer... não é certo... _respondeu ele, endireitando o corpo.
_Mas não parece possível... ela e um admirador _ disse Nancy.
_Não conheceu Miss Polly como eu conheci... disse ele. _Ela era muito bonita... e seria ainda, se quisesse.
_Bonita! Miss Polly?
_Isso mesmo.
No tempo devido chegou o telegrama anunciando que Pollyanna chegaria em Beldingsville no dia seguinte, 25 de junho, às quatro horas da tarde. Miss Polly leu o telegrama, franziu a testa, depois subiu as escadas até o sótão. Examinou o quarto que continha uma cama pequena, duas cadeiras, um lavatório, uma escrivaninha sem nenhum espelho e uma mesa pequena.
_Nancy – disse Miss Polly. Achei uma mosca no quarto de Miss Pollyanna. A janela deve ter ficado aberta em algum momento. Minha sobrinha irá chegar amanhã às quatro horas. Desejo que vá encontrá-la na estação. Timothy a levará até lá na charrete aberta. O telegrama dizia “cabelos claros, vestido de xadrez vermelho e chapéu de palha”. Isso é tudo o que sei, mas acho que é o suficiente para seu propósito.
_Sim, senhora, mas eu... a senhora...
Miss Polly com certeza entendeu o que a pausa queria dizer, pois franziu ainda mais a testa e disse com rispidez:
_Não, não irei. Imagino que não seja necessário que eu vá...e isso é tudo.
COMO SERÁ A CHEGADA DE POLLYANNA NA CASA DE SUA TIA? SERÁ QUE ELA SERÁ BEM RECEBIDA? NÃO PERCA O PRÓXIMO CAPÍTULO!
Resolva as atividades
TEXTO 01 (Descritor 2)
“A nossa constituição não inveja a lei dos nossos vizinhos. (...) Não imitamos os outros. Pelo contrário, servimos de modelos a alguns. Esse modelo, próprio de Atenas, recebeu o nome democracia, porque a sua direção não está na mão de um pequeno grupo, mas sim da maioria. (...) Um temor salutar impede-nos de falar ao cumprimento dos nossos deveres no que toca à pátria. Respeitamos sempre os magistrados e as leis. Perante elas, todos os atenienses são iguais, iguais na vida privada, iguais na solução dos diferendos entre particulares, iguais na obtenção das honras as quais são devidas aos méritos e não à classe.”
Na frase “Perante elas, todos os atenienses são iguais, iguais na vida privada, iguais na solução dos diferendos entre particulares, iguais na obtenção das honras as quais são devidas aos méritos e não à classe.” A expressão destacada refere-se a
A) solução B) elas C) iguais D) obtenção E) honras
TEXTO 02 (Descritor 7)
Receitas da vovó
Lembra aquela receita que só sua mãe ou sua avó sabem fazer? Pois saiba que, além se gostoso esse prato é parte importante da culinária brasileira. É verdade. Os cadernos de receita são registros culturais. Primeiro, porque resgatam antigas tradições, seja familiares ou étnicas. Além disso, mostram como se fala ou se falava em determinada região. E ainda servem como passagens do tempo, chaves para alcançarmos memórias emocionais que a gente nem sabia que tinha (se você se lembrou do prato que sua avó ou sua mãe fazia, você sabe do que estou falando).
A tese defendida pelo autor do texto é de que as receitas culinárias
A) fazem com que lembremos da nossa infância.
B) indicam o modo de falar em determinada região.
C) resgatam nossas tradições familiares ou étnicas.
D) são as que só nossas mães ou avós conhecem.
E) são uma parte importante da cultura brasileira.
TEXTO 03 (Descritor 17)
Teresa
Manuel Bandeira
A primeira vez que vi Teresa
Achei que ela tinha pernas estúpidas
Achei também que a cara pareia uma perna
Quando vi Teresa de novo
Achei que os olhos eram muito mais velhos que o resto do corpo
(os olhos nasceram e ficaram dez anos esperando que o resto do corpo nascesse)
Da terceira vez não vi mais nada
Os céus se misturaram com a terra
E o espírito de Deus voltou a se mover sobre a face das águas.
No verso “Achei que os olhos eram muito mais velhos que o resto do corpo”, a palavra destacada apresenta uma ideia de
A) causalidade B) comparação C) concessão D) conclusão E) conseqüência
TEXTO 04 (Descritor 14)
Deitada na calçada, Dona Belarmina, 71 anos, parece até serena, quase adormecida embaixo do cobertor quadriculado, a cabeça apoiada em pedaços dobrados de papelão, que lhe servem também de colchão. Ainda é cedo, oito da noite, e o movimento de carros e pessoas é intenso. Ninguém presta atenção.
“Já perdi tudo, até a vergonha”, diz, a voz quase inaudível. Perdeu a família, que lhe virou as costas quando se tornou um peso difícil de sustentar. Perdeu as condições de trabalhar “Eu era uma mulher trabalhadeira.” Perdeu o interesse pela vida. Não sabe quem é o presidente da República, nem o Governador, nem o Prefeito. “E eles sabem que eu exisro? Ninguém sabe nem que estou viva!”
(Jornal do Brasil. Rio de Janeiro, 4 de janeiro de 2000)
Em qual das citações abaixo está expressa uma opinião do jornalista, autor do texto?
A) “Dona Belarmina, 71 anos,...”
B) “Ainda é cedo, oito da noite,...”
C) “...parece até serena, quase adormecida...”
D) “a cabeça apoiada em pedaços de papelão,...”
E) “... o movimento de carros e pessoas é intenso.”
TEXTO 05 (ENEM)
Saúde, no modelo atual de qualidade de vida, é o
resultado das condições de alimentação, habitação,
educação, renda, trabalho, transporte, lazer, serviços
médicos e acesso à atividade física regular. Quanto ao
acesso à atividade física, um dos elementos essenciais é a
aptidão física, entendida como a capacidade de a pessoa
utilizar seu corpo — incluindo músculos, esqueleto,
coração, enfim, todas as partes —, de forma eficiente em
suas atividades cotidianas; logo, quando se avalia a saúde
de uma pessoa, a aptidão física deve ser levada em conta.
A partir desse contexto, considera-se que uma pessoa tem
boa aptidão física quando
A) apresenta uma postura regular.
B) pode se exercitar por períodos curtos de tempo.
C) pode desenvolver as atividades físicas do dia-a-dia,
independentemente de sua idade.
D) pode executar suas atividades do dia a dia com vigor,
atenção e uma fadiga de moderada a intensa.
E) pode exercer atividades físicas no final do dia, mas
suas reservas de energia são insuficientes para
atividades intelectuais.
segunda-feira, 7 de junho de 2010
As culturas indígenas americanas
Culturas indígenas americanas
Quando estudamos o processo de colonização da América espanhola, temos por hábito primeiro estudar as várias civilizações que habitaram o continente americano. Logo de início, percebemos que as chamadas civilizações pré-colombianas contavam com sociedades complexas integradas por milhares de habitantes. Com isso, surge uma questão muito interessante a ser respondida: como foi possível os espanhóis conquistarem todas essas populações ali presentes?
Essa desconfiança, muitas vezes, se apóia no simples fato de que a população espanhola era infinitamente menor em relação ao número de nativos americanos. Dessa forma, devemos compreender a dominação espanhola como um processo gradual onde diversas táticas vieram a ser empregadas para que o projeto de colonização e exploração dos espanhóis fosse colocado em ação. De acordo com o poeta Pablo Neruda, três elementos foram responsáveis pela dominação espanhola: a cruz, a espada e a fome.
Para melhor entendermos o significado das palavras do poeta chileno, vamos compreender como cada um desses elementos participou dessa experiência histórica ocorrida ao longo do século XVI. Quando Neruda fala da espada, na verdade, faz uma clara referência à superioridade bélica que favoreceu os espanhóis durante as lutas contra os povos pré-colombianos. Contando com armas de fogo, canhões e cavalos os espanhóis conseguiram se sobressair mediante a simplicidade das armas dos índios americanos.
Paralelamente, o projeto religioso patrocinado pelos espanhóis também contribui enormemente na dominação dos índios. A catequese promovida pelos padres jesuítas foi uma prática que ao mesmo tempo em que realizava a conversão religiosa das populações locais, também incutia valores favoráveis à aceitação da presença espanhola na região. Um dos mais claros reflexos da presença dos jesuítas, atualmente, é a enorme população católica presente nos vários países latino-americanos.
Ao lado desses dois fatores, a fome e as doenças também influenciaram na diminuição das populações indígenas. A pesada rotina de trabalho e as penas aplicadas dentro do regime de semi-escravidão imposto aos indígenas faziam com que muitos deles perdessem suas vidas. Por outro lado, as doenças trazidas pelo colonizador europeu deflagraram verdadeiras epidemias que dizimaram populações inteiras em um curto espaço de tempo.
Ao final do século XVI, as colônias espanholas já implantaram todo um conjunto de instituições e práticas que asseguraram sua ação nos territórios coloniais. De acordo com diversos historiadores, esse processo foi um dos maiores genocídios de toda a história. Apesar de toda esta tragédia, podemos perceber que alguns traços das culturas indígenas sobreviveram ao tempo e se inseriram em diversas hibridações presentes nas culturas latino-americanas.
Faça uma leitura do texto e a partir da leitura uma produção textual sobre as culturas indigenas americanas.
Roteiro de estudos
A América Pré-Colombiana
Incas, astecas e maias
Índios brasileiros
Índios norte-americanos
Pesquise os temas acima para aprofundar sua Produção textual.
Quando estudamos o processo de colonização da América espanhola, temos por hábito primeiro estudar as várias civilizações que habitaram o continente americano. Logo de início, percebemos que as chamadas civilizações pré-colombianas contavam com sociedades complexas integradas por milhares de habitantes. Com isso, surge uma questão muito interessante a ser respondida: como foi possível os espanhóis conquistarem todas essas populações ali presentes?
Essa desconfiança, muitas vezes, se apóia no simples fato de que a população espanhola era infinitamente menor em relação ao número de nativos americanos. Dessa forma, devemos compreender a dominação espanhola como um processo gradual onde diversas táticas vieram a ser empregadas para que o projeto de colonização e exploração dos espanhóis fosse colocado em ação. De acordo com o poeta Pablo Neruda, três elementos foram responsáveis pela dominação espanhola: a cruz, a espada e a fome.
Para melhor entendermos o significado das palavras do poeta chileno, vamos compreender como cada um desses elementos participou dessa experiência histórica ocorrida ao longo do século XVI. Quando Neruda fala da espada, na verdade, faz uma clara referência à superioridade bélica que favoreceu os espanhóis durante as lutas contra os povos pré-colombianos. Contando com armas de fogo, canhões e cavalos os espanhóis conseguiram se sobressair mediante a simplicidade das armas dos índios americanos.
Paralelamente, o projeto religioso patrocinado pelos espanhóis também contribui enormemente na dominação dos índios. A catequese promovida pelos padres jesuítas foi uma prática que ao mesmo tempo em que realizava a conversão religiosa das populações locais, também incutia valores favoráveis à aceitação da presença espanhola na região. Um dos mais claros reflexos da presença dos jesuítas, atualmente, é a enorme população católica presente nos vários países latino-americanos.
Ao lado desses dois fatores, a fome e as doenças também influenciaram na diminuição das populações indígenas. A pesada rotina de trabalho e as penas aplicadas dentro do regime de semi-escravidão imposto aos indígenas faziam com que muitos deles perdessem suas vidas. Por outro lado, as doenças trazidas pelo colonizador europeu deflagraram verdadeiras epidemias que dizimaram populações inteiras em um curto espaço de tempo.
Ao final do século XVI, as colônias espanholas já implantaram todo um conjunto de instituições e práticas que asseguraram sua ação nos territórios coloniais. De acordo com diversos historiadores, esse processo foi um dos maiores genocídios de toda a história. Apesar de toda esta tragédia, podemos perceber que alguns traços das culturas indígenas sobreviveram ao tempo e se inseriram em diversas hibridações presentes nas culturas latino-americanas.
Faça uma leitura do texto e a partir da leitura uma produção textual sobre as culturas indigenas americanas.
Roteiro de estudos
A América Pré-Colombiana
Incas, astecas e maias
Índios brasileiros
Índios norte-americanos
Pesquise os temas acima para aprofundar sua Produção textual.
sexta-feira, 28 de maio de 2010
FICHA DE LEITURA
FICHA DE LEITURA
NOME DA AUTORA: ______________________________________________
TÍTULO: ________________________________________________________
INFORMAÇÕES SOBRE A AUTORA:
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
OUTRAS OBRAS DA AUTORA:
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
RESUMO:
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
CITAÇÕES:
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
COMENTÁRIOS:
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NOME DA AUTORA: ______________________________________________
TÍTULO: ________________________________________________________
INFORMAÇÕES SOBRE A AUTORA:
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OUTRAS OBRAS DA AUTORA:
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RESUMO:
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CITAÇÕES:
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COMENTÁRIOS:
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quarta-feira, 26 de maio de 2010
PARA REFLETIR
O Café e a Xícara
Um grupo de ex-alunos, todos bem estabelecidos em suas profissões, reuniu-se para visitar o velho professor universitário. Em pouco tempo, a conversa adotou o rumo das reclamações contra o estresse, no trabalho e na vida.
Depois de oferecer café aos visitantes, o professor foi à cozinha e retornou trazendo um grande bule de café. Trouxe também uma quantidade mais do que suficiente de xícaras de porcelana, de plástico, de vidro, de cristal, algumas de aspecto simples, algumas caras, outras sofisticadas e disse a eles que se servissem de café à vontade.
Quando cada estudante tinha nas mãos a sua xícara de café, o professor disse:
"Se observarem, verão que todas as xícaras bonitas e caras foram escolhidas, e ficaram para trás as simples e as baratas. É bastante normal que vocês queiram só o melhor para vocês mesmos, mas essa é a fonte dos seus problemas e do seu estresse. O que todos realmente queriam era café, e não a xícara, mas vocês conscientemente pegaram as melhores xícaras, e ficaram olhando para as xícaras um do outro. Vejam que a vida é como o café, e os empregos, o dinheiro e a posição social são as xícaras; são apenas instrumentos para viver a vida, mas a qualidade da vida não muda por causa deles. Às vezes, por concentrar-nos só na xícara, deixamos de apreciar o café que há nela. Portanto, não deixem que as xícaras distraiam vocês... apreciem o café..."
Um grupo de ex-alunos, todos bem estabelecidos em suas profissões, reuniu-se para visitar o velho professor universitário. Em pouco tempo, a conversa adotou o rumo das reclamações contra o estresse, no trabalho e na vida.
Depois de oferecer café aos visitantes, o professor foi à cozinha e retornou trazendo um grande bule de café. Trouxe também uma quantidade mais do que suficiente de xícaras de porcelana, de plástico, de vidro, de cristal, algumas de aspecto simples, algumas caras, outras sofisticadas e disse a eles que se servissem de café à vontade.
Quando cada estudante tinha nas mãos a sua xícara de café, o professor disse:
"Se observarem, verão que todas as xícaras bonitas e caras foram escolhidas, e ficaram para trás as simples e as baratas. É bastante normal que vocês queiram só o melhor para vocês mesmos, mas essa é a fonte dos seus problemas e do seu estresse. O que todos realmente queriam era café, e não a xícara, mas vocês conscientemente pegaram as melhores xícaras, e ficaram olhando para as xícaras um do outro. Vejam que a vida é como o café, e os empregos, o dinheiro e a posição social são as xícaras; são apenas instrumentos para viver a vida, mas a qualidade da vida não muda por causa deles. Às vezes, por concentrar-nos só na xícara, deixamos de apreciar o café que há nela. Portanto, não deixem que as xícaras distraiam vocês... apreciem o café..."
segunda-feira, 24 de maio de 2010
ATIVIDADE 3º ANO - QUEBRA CABEÇA COM TEXTOS.
25/05/2010 - Língua Portuguesa
Leia as frases e tente ordená-las, formando um texto coerente.
BRASILEIRA QUE DISSE TER SOFRIDO ATAQUE NEONAZISTA É CONDENADA NA SUÍÇA
( ) O caso Paula Oliveira criou uma tensão diplomática entre o Brasil e a Suíça em fevereiro, quando a advogada de 26 anos, que vivia legalmente na Suíça, disse à polícia de Zurique que havia sido vítima de um ataque xenófobo.
( ) A advogada brasileira Paula Oliveira, que afirmou ter sido vítima de um ataque neonazista na Suíça, em fevereiro deste ano, foi considerada culpada por enganar a Justiça do país europeu. Ela foi condenada a pagar por despesas judiciais que somam 2,5 mil francos suíços (R$ 4,2 mil) e pelos custos das investigações, cujo total não foi divulgado. As informações são da BBC Brasil.
( ) Apenas os custos da perícia psiquiátrica a que ela foi submetida durante as investigações foram estimados pela imprensa suíça em 20 mil francos suíços (aproximadamente R$ 33,7 mil). A brasileira também foi condenada a pagar uma multa condicional de 10,8 mil francos suíços (cerca de R$ 18,2 mil). A promotoria havia exigido uma multa de 12,6 mil francos suíços (cerca de R$ 21,3 mil).
( ) Com o fim do julgamento, a advogada vai receber seu passaporte de volta e poderá voltar ao Brasil. Mas, durante o julgamento, ela manifestou que deseja continuar na Suíça.
( ) O advogado de Paula, Roger Müller, em seu discurso de defesa, afirmou que a brasileira não sabe exatamente o que aconteceu naquele dia. Ele disse também que ela viveu o caso em sua cabeça e que, por isso, não teria tentado enganar as autoridades conscientemente. Müller argumentou que os problemas psicológicos de Paula levaram a que ela acreditasse ter realmente sido vítima de um ataque.
( ) A brasileira, primeiramente, afirmou que estava grávida e que havia perdido gêmeos quando os agressores marcaram, à faca, as iniciais de um partido suíço de extrema direita no corpo dela. O caso, entretanto, mudou de direção quando Paula confessou a automutilação, embora tenha mudado novamente a versão dos fatos durante o julgamento de hoje (16).
O SEGREDO DO CASAMENTO
( ) Ninguém ensina isso nas escolas, pelo contrário. Não sou um especialista do ramo, como todos sabem, mas, dito isso, minha resposta é mais ou menos a que segue.
( ) Os jovens é que fazem as perguntas certas, ou seja, querem conhecer o segredo para manter um casamento por tanto tempo.
( ) Meus amigos separados não cansam de me perguntar como eu consegui ficar casado trinta anos com a mesma mulher. As mulheres, sempre mais maldosas que os homens, não perguntam a minha esposa como ela consegue ficar casada com o mesmo homem, mas como ela consegue ficar casada comigo.
( ) Hoje em dia o divórcio é inevitável, não dá para escapar. Ninguém agüenta conviver com a mesma pessoa por uma eternidade. Eu, na realidade, já estou em meu terceiro casamento - a única diferença é que me casei três vezes com a mesma mulher. Minha esposa, se não me engano, está em seu quinto, porque ela pensou em pegar as malas mais vezes do que eu.
( ) O segredo do casamento não é a harmonia eterna. Depois dos inevitáveis arranca-rabos, a solução é ponderar, se acalmar e partir de novo com a mesma mulher. O segredo no fundo, é renovar o casamento, e não procurar um casamento novo. Isso exige alguns cuidados e preocupações que são esquecidos no dia-a-dia do casal. De tempos em tempos, é preciso renovar a relação. De tempos em tempos, é preciso voltar a namorar, voltar a cortejar, voltar a se vender, seduzir e ser seduzido.
( ) Há quanto tempo vocês não saem para dançar? Há quanto tempo você não tenta conquistá-la ou conquistá-lo como se seu par fosse um pretendente em potencial? Há quanto tempo não fazem uma lua de mel, sem os filhos eternamente brigando para ter a sua irrestrita atenção?
( ) Não existe essa tal "estabilidade do casamento", nem ela deveria ser almejada. O mundo muda, e você também, seu marido, sua esposa, seu bairro e seus amigos. A melhor estratégia para salvar um casamento não é manter uma "relação estável", mas saber mudar junto. Todo cônjuge precisa evoluir, estudar, aprimorar-se, interessar-se por coisas que jamais teria pensando fazer no início do casamento. Você faz isso constantemente no trabalho, por que não fazer na própria família? É o que seus filhos fazem desde que vieram ao mundo.
( ) Portanto, descubra o novo homem ou a nova mulher que vive ao seu lado, em vez de sair por aí tentando descobrir um novo e interessante par. Tenho certeza de que seus filhos os respeitarão pela decisão de se manterem juntos e aprenderão a importante lição de como crescer e evoluir unidos apesar das desavenças. Brigas e arranca-rabos sempre ocorrerão: por isso, de vez em quando é necessário casar-se de novo, mas tente fazê-lo sempre com o mesmo par.
( ) Não é preciso um divórcio litigioso para ter tudo isso. Basta mudar de lugares e interesses e não se deixar acomodar. Isso obviamente custa caro e muitas uniões se esfacelam porque o casal se recusa a pagar esses pequenos custos necessários para renovar um casamento. Mas, se você se separar, sua nova esposa vai querer novos filhos, novos móveis, novas roupas, e você ainda terá a pensão dos filhos do casame nto anterior.
( ) Vamos ser honestos: ninguém agüenta a mesma mulher ou marido por trinta anos com a mesma roupa, o mesmo batom, com os mesmos amigos, com as mesmas piadas. Muitas vezes não é sua esposa que está ficando chata e mofada, são os amigos dela (e talvez os seus), são seus próprios móveis com a mesma desb otada decoração. Se você se divorciasse, certamente trocaria tudo, que é justamente um dos prazer es da separação. Quem se separa se encanta com a nova vida, a nova casa, um novo bairro, um novo círculo de amigos.
Professora Lela.
Leia as frases e tente ordená-las, formando um texto coerente.
BRASILEIRA QUE DISSE TER SOFRIDO ATAQUE NEONAZISTA É CONDENADA NA SUÍÇA
( ) O caso Paula Oliveira criou uma tensão diplomática entre o Brasil e a Suíça em fevereiro, quando a advogada de 26 anos, que vivia legalmente na Suíça, disse à polícia de Zurique que havia sido vítima de um ataque xenófobo.
( ) A advogada brasileira Paula Oliveira, que afirmou ter sido vítima de um ataque neonazista na Suíça, em fevereiro deste ano, foi considerada culpada por enganar a Justiça do país europeu. Ela foi condenada a pagar por despesas judiciais que somam 2,5 mil francos suíços (R$ 4,2 mil) e pelos custos das investigações, cujo total não foi divulgado. As informações são da BBC Brasil.
( ) Apenas os custos da perícia psiquiátrica a que ela foi submetida durante as investigações foram estimados pela imprensa suíça em 20 mil francos suíços (aproximadamente R$ 33,7 mil). A brasileira também foi condenada a pagar uma multa condicional de 10,8 mil francos suíços (cerca de R$ 18,2 mil). A promotoria havia exigido uma multa de 12,6 mil francos suíços (cerca de R$ 21,3 mil).
( ) Com o fim do julgamento, a advogada vai receber seu passaporte de volta e poderá voltar ao Brasil. Mas, durante o julgamento, ela manifestou que deseja continuar na Suíça.
( ) O advogado de Paula, Roger Müller, em seu discurso de defesa, afirmou que a brasileira não sabe exatamente o que aconteceu naquele dia. Ele disse também que ela viveu o caso em sua cabeça e que, por isso, não teria tentado enganar as autoridades conscientemente. Müller argumentou que os problemas psicológicos de Paula levaram a que ela acreditasse ter realmente sido vítima de um ataque.
( ) A brasileira, primeiramente, afirmou que estava grávida e que havia perdido gêmeos quando os agressores marcaram, à faca, as iniciais de um partido suíço de extrema direita no corpo dela. O caso, entretanto, mudou de direção quando Paula confessou a automutilação, embora tenha mudado novamente a versão dos fatos durante o julgamento de hoje (16).
O SEGREDO DO CASAMENTO
( ) Ninguém ensina isso nas escolas, pelo contrário. Não sou um especialista do ramo, como todos sabem, mas, dito isso, minha resposta é mais ou menos a que segue.
( ) Os jovens é que fazem as perguntas certas, ou seja, querem conhecer o segredo para manter um casamento por tanto tempo.
( ) Meus amigos separados não cansam de me perguntar como eu consegui ficar casado trinta anos com a mesma mulher. As mulheres, sempre mais maldosas que os homens, não perguntam a minha esposa como ela consegue ficar casada com o mesmo homem, mas como ela consegue ficar casada comigo.
( ) Hoje em dia o divórcio é inevitável, não dá para escapar. Ninguém agüenta conviver com a mesma pessoa por uma eternidade. Eu, na realidade, já estou em meu terceiro casamento - a única diferença é que me casei três vezes com a mesma mulher. Minha esposa, se não me engano, está em seu quinto, porque ela pensou em pegar as malas mais vezes do que eu.
( ) O segredo do casamento não é a harmonia eterna. Depois dos inevitáveis arranca-rabos, a solução é ponderar, se acalmar e partir de novo com a mesma mulher. O segredo no fundo, é renovar o casamento, e não procurar um casamento novo. Isso exige alguns cuidados e preocupações que são esquecidos no dia-a-dia do casal. De tempos em tempos, é preciso renovar a relação. De tempos em tempos, é preciso voltar a namorar, voltar a cortejar, voltar a se vender, seduzir e ser seduzido.
( ) Há quanto tempo vocês não saem para dançar? Há quanto tempo você não tenta conquistá-la ou conquistá-lo como se seu par fosse um pretendente em potencial? Há quanto tempo não fazem uma lua de mel, sem os filhos eternamente brigando para ter a sua irrestrita atenção?
( ) Não existe essa tal "estabilidade do casamento", nem ela deveria ser almejada. O mundo muda, e você também, seu marido, sua esposa, seu bairro e seus amigos. A melhor estratégia para salvar um casamento não é manter uma "relação estável", mas saber mudar junto. Todo cônjuge precisa evoluir, estudar, aprimorar-se, interessar-se por coisas que jamais teria pensando fazer no início do casamento. Você faz isso constantemente no trabalho, por que não fazer na própria família? É o que seus filhos fazem desde que vieram ao mundo.
( ) Portanto, descubra o novo homem ou a nova mulher que vive ao seu lado, em vez de sair por aí tentando descobrir um novo e interessante par. Tenho certeza de que seus filhos os respeitarão pela decisão de se manterem juntos e aprenderão a importante lição de como crescer e evoluir unidos apesar das desavenças. Brigas e arranca-rabos sempre ocorrerão: por isso, de vez em quando é necessário casar-se de novo, mas tente fazê-lo sempre com o mesmo par.
( ) Não é preciso um divórcio litigioso para ter tudo isso. Basta mudar de lugares e interesses e não se deixar acomodar. Isso obviamente custa caro e muitas uniões se esfacelam porque o casal se recusa a pagar esses pequenos custos necessários para renovar um casamento. Mas, se você se separar, sua nova esposa vai querer novos filhos, novos móveis, novas roupas, e você ainda terá a pensão dos filhos do casame nto anterior.
( ) Vamos ser honestos: ninguém agüenta a mesma mulher ou marido por trinta anos com a mesma roupa, o mesmo batom, com os mesmos amigos, com as mesmas piadas. Muitas vezes não é sua esposa que está ficando chata e mofada, são os amigos dela (e talvez os seus), são seus próprios móveis com a mesma desb otada decoração. Se você se divorciasse, certamente trocaria tudo, que é justamente um dos prazer es da separação. Quem se separa se encanta com a nova vida, a nova casa, um novo bairro, um novo círculo de amigos.
Professora Lela.
CAPÍTULO 07 - O QUINZE
CAPÍTULO 07
_Dê... Se é da gente deixar morrer, pra entregar aos urubus, antes botar nas mãos da madrinha, que ao menos faz o enterro...
Cordulina levou Duca, com a camisinha lavada numa das vezes em que foi buscar as sobras de comida que Dona Inácia lhe guardava. Conceição vendo-a entrar gritou alegremente:
_Foi de vez comadre? Agora não leva mais! Pobrezinho de meu afilhado! Que é que tem dentro dessa barriga tão inchada Manuel?
Quando o quis tomar ao colo, o pequeno chorou e agarrou-se à mãe. Com muito custo, Cordulina o pôs no chão e para que ele não a visse sair, a mãe, depois de ir à cozinha arrecadar a sua trouxa, retirou-se escondida.
Conceição aproximou-se de novo, procurando atrair o afilhado com agrados, com comida. Mas Duquinha não se mexia nem queria comer nada. Ao meio dia Dona Inácia fez Conceição, com uma colher, por detrás dele, chegar-lhe um pouco de leite à boca. O menino gostou e continuou chupando a colher e reclamando com gritos quando a moça se demorava.
Fosse pela falta da mãe, ou por um atual excesso de alimentação, ou apenas em conseqüência das misérias sofridas, Duquinha caiu muito doente. Conceição chamou um médico que apalpou os bracinhos ressequidos e as pobres perninhas atrofiadas e horrorizado perguntou onde ela tinha arranjado uma criança tão fraquinha e esquelética.
A moça explicou:
_É meu afilhado doutor.
Passaram quinze dias e o menino melhorou. Já se sentava na rede e pegava com as mãos incertas a tigela de leite ou de caldo.
Uma tarde, no campo, Chico Bento chamou Conceição à parte e explicou:
_Comadre, quando eu saí do meu canto era determinado a embarcar para o Norte. Com a morte de Josias e a fuga do outro, a mulher desanimou e pegou numa choradeira todo dia, com medo de perder o resto... Eu queria que a senhora desse uns conselhos a ela e depois me arranjasse umas passagenzinhas pro vapor.
Conceição mordeu o lábio, pensativa:
_Isso não, compadre! Eu acho que a comadre tem uma certa razão... Estas crianças não suportam uma viagem para o Amazonas...
Chico Bento lembrou:
_Também pensei no Maranhão...
Cordulina respondeu assombrada:
_Que Maranhão, Chico, Deus me livre! Lá família inteirinha morre de sezão que nem se fosse de peste.
E ficaram os três indecisos, calados. Subitamente Conceição teve uma idéia:
_Por que vocês não vão para São Paulo? Diz que lá é muito bom... Tem trabalho e clima sadio.
O vaqueiro levantou os olhos e concordou. As passagens obtiveram sem custo. Cordulina foi se despedir do Duquinha. Chico Bento fitava o navio, escuro e enorme e sentia como que um imã o atraindo para aquele destino aventuroso. Despediram-se e foram embora. Iam para o desconhecido, para um barracão de emigrantes, para uma escravidão de colonos...
Iam para o destino, que os chamara de tão longe, das secas de Quixadá, e os trouxera entre a fome e mortes, e angústias infinitas.
Enfim caiu a primeira chuva de dezembro. Foi estranha a impressão de Vicente, acordando de madrugada, com um barulho desacostumado no telhado.
_Chuva? Possível?
Todos se alegraram. Dona Inácia se preparava para voltar ao Logradouro e Conceição se lamentava porque queria a avó com ela. A avó queria levar o Duquinha, mas a neta não concordou, pois já estava querendo bem ao menino e mesmo assim ficaria menos isolada...
Dona Inácia partiu. Em Baturité, quando retirava da valise um sanduíche, ouviu alguém chamando:
_A bênção madrin’Nácia!
Na plataforma da estação, uma moça magra, suja e esfarrapada – um dos eternos fantasmas da seca – choramingava baixinho. Dona Inácia não a reconheceu:
_Quem é você?
A moça gemeu tristemente:
_Eu sou a Mocinha, cunhada do Chico Bento, das Aroeiras...
_Você! Mas Mocinha, o que foi isso?
A mulher chorava em desespero e murmurou:
_Desgraça da vida, minha madrinha! O Chico tinha me deixado no Castro, em casa duma mulher que tem uma venda na estação. Mas eu não aturei até que fiquei nesta desgraça, e ainda por cima, com um filho. O pobrezinho ainda não tem um mês...
_E você quer voltar para o sertão, Mocinha?
_Não, aqui ainda vou vivendo... Tiro esmola.
Dona Inácia abriu a bolsa, puxou uma nota de cinco mil réis.
_Tome, se quiser ir pro Logradouro, tem lá uma casa vazia e eu lhe ajudo no que puder.
O trem partiu e Mocinha ficou na calçada.
Dona Inácia chega a Quixadá e é bem recebida pelas primas que a esperava na estação. Ela se dirige a cada um dos seus homens:
_Oh! Vocês por aqui? Então não esqueceram da velha?
***
Um ano... Dois anos... Três anos...
A banda de música atacou os derradeiros compassos do dobrado. As mocinhas vendiam cartelas, circulavam apressados entre os passeantes. Já fazia tempo que não havia em Quixadá quermesse de Natal tão animada.
O povo se apinhava na avenida, o dinheiro circulava alegremente.
E todos viveram felizes na medida do possível.
AGUARDE, EM BREVE, A PRÓXIMA NOVELA!
_Dê... Se é da gente deixar morrer, pra entregar aos urubus, antes botar nas mãos da madrinha, que ao menos faz o enterro...
Cordulina levou Duca, com a camisinha lavada numa das vezes em que foi buscar as sobras de comida que Dona Inácia lhe guardava. Conceição vendo-a entrar gritou alegremente:
_Foi de vez comadre? Agora não leva mais! Pobrezinho de meu afilhado! Que é que tem dentro dessa barriga tão inchada Manuel?
Quando o quis tomar ao colo, o pequeno chorou e agarrou-se à mãe. Com muito custo, Cordulina o pôs no chão e para que ele não a visse sair, a mãe, depois de ir à cozinha arrecadar a sua trouxa, retirou-se escondida.
Conceição aproximou-se de novo, procurando atrair o afilhado com agrados, com comida. Mas Duquinha não se mexia nem queria comer nada. Ao meio dia Dona Inácia fez Conceição, com uma colher, por detrás dele, chegar-lhe um pouco de leite à boca. O menino gostou e continuou chupando a colher e reclamando com gritos quando a moça se demorava.
Fosse pela falta da mãe, ou por um atual excesso de alimentação, ou apenas em conseqüência das misérias sofridas, Duquinha caiu muito doente. Conceição chamou um médico que apalpou os bracinhos ressequidos e as pobres perninhas atrofiadas e horrorizado perguntou onde ela tinha arranjado uma criança tão fraquinha e esquelética.
A moça explicou:
_É meu afilhado doutor.
Passaram quinze dias e o menino melhorou. Já se sentava na rede e pegava com as mãos incertas a tigela de leite ou de caldo.
Uma tarde, no campo, Chico Bento chamou Conceição à parte e explicou:
_Comadre, quando eu saí do meu canto era determinado a embarcar para o Norte. Com a morte de Josias e a fuga do outro, a mulher desanimou e pegou numa choradeira todo dia, com medo de perder o resto... Eu queria que a senhora desse uns conselhos a ela e depois me arranjasse umas passagenzinhas pro vapor.
Conceição mordeu o lábio, pensativa:
_Isso não, compadre! Eu acho que a comadre tem uma certa razão... Estas crianças não suportam uma viagem para o Amazonas...
Chico Bento lembrou:
_Também pensei no Maranhão...
Cordulina respondeu assombrada:
_Que Maranhão, Chico, Deus me livre! Lá família inteirinha morre de sezão que nem se fosse de peste.
E ficaram os três indecisos, calados. Subitamente Conceição teve uma idéia:
_Por que vocês não vão para São Paulo? Diz que lá é muito bom... Tem trabalho e clima sadio.
O vaqueiro levantou os olhos e concordou. As passagens obtiveram sem custo. Cordulina foi se despedir do Duquinha. Chico Bento fitava o navio, escuro e enorme e sentia como que um imã o atraindo para aquele destino aventuroso. Despediram-se e foram embora. Iam para o desconhecido, para um barracão de emigrantes, para uma escravidão de colonos...
Iam para o destino, que os chamara de tão longe, das secas de Quixadá, e os trouxera entre a fome e mortes, e angústias infinitas.
Enfim caiu a primeira chuva de dezembro. Foi estranha a impressão de Vicente, acordando de madrugada, com um barulho desacostumado no telhado.
_Chuva? Possível?
Todos se alegraram. Dona Inácia se preparava para voltar ao Logradouro e Conceição se lamentava porque queria a avó com ela. A avó queria levar o Duquinha, mas a neta não concordou, pois já estava querendo bem ao menino e mesmo assim ficaria menos isolada...
Dona Inácia partiu. Em Baturité, quando retirava da valise um sanduíche, ouviu alguém chamando:
_A bênção madrin’Nácia!
Na plataforma da estação, uma moça magra, suja e esfarrapada – um dos eternos fantasmas da seca – choramingava baixinho. Dona Inácia não a reconheceu:
_Quem é você?
A moça gemeu tristemente:
_Eu sou a Mocinha, cunhada do Chico Bento, das Aroeiras...
_Você! Mas Mocinha, o que foi isso?
A mulher chorava em desespero e murmurou:
_Desgraça da vida, minha madrinha! O Chico tinha me deixado no Castro, em casa duma mulher que tem uma venda na estação. Mas eu não aturei até que fiquei nesta desgraça, e ainda por cima, com um filho. O pobrezinho ainda não tem um mês...
_E você quer voltar para o sertão, Mocinha?
_Não, aqui ainda vou vivendo... Tiro esmola.
Dona Inácia abriu a bolsa, puxou uma nota de cinco mil réis.
_Tome, se quiser ir pro Logradouro, tem lá uma casa vazia e eu lhe ajudo no que puder.
O trem partiu e Mocinha ficou na calçada.
Dona Inácia chega a Quixadá e é bem recebida pelas primas que a esperava na estação. Ela se dirige a cada um dos seus homens:
_Oh! Vocês por aqui? Então não esqueceram da velha?
***
Um ano... Dois anos... Três anos...
A banda de música atacou os derradeiros compassos do dobrado. As mocinhas vendiam cartelas, circulavam apressados entre os passeantes. Já fazia tempo que não havia em Quixadá quermesse de Natal tão animada.
O povo se apinhava na avenida, o dinheiro circulava alegremente.
E todos viveram felizes na medida do possível.
AGUARDE, EM BREVE, A PRÓXIMA NOVELA!
PARA REFLETIR!
TODO DIA É UM DIA A MENOS
Todo dia é menos um dia;
menos um dia para ser feliz;
é menos um dia para dar e receber;
é menos um dia para amar e ser amado;
é menos um dia para ouvir e, principalmente, calar!
Sim, porque calando nem sempre quer dizer
que concordamos com o que ouvimos ou lemos,
mas estamos dando a outrem a chance de pensar,
refletir, saber o que falou ou escreveu.
Saber ouvir é um raro dom, reconheçamos.
Mas saber calar, mais raro ainda.
E como humanos estamos sujeitos a errar.
E nosso erro mais primário, é não saber
Ouvir e calar!
Todo dia é menos um dia para dar um sorriso,
Muitas vezes alguém precisa, apenas de um sorriso
para sentir um pouco de felicidade!
Todo dia é menos um dia para dizer:
- Desculpe, eu errei!
Para dizer:
- Perdoe-me por favor, fui injusto!
Todo dia é menos um dia;
Para voltarmos sobre os nossos passos.
De repente descobrimos que estamos muito longe
E já não há mais como encontrar
onde pisamos quando íamos.
Já não conseguiremos distinguir nossos passos
de tantos outros que vieram depois dos nossos.
E se esse dia chega, por mais que voltemos;
estaremos seguindo um caminho, que jamais
nos trará ao ponto de partida.
Por isso use cada dia com sabedoria.
Ouça e cale se não se sentir bem;
Leia e deixe de lado, outra hora você vai conseguir
interpretar melhor e saber o que quis ser dito.
(Carlos Drumonnd de Andrade)
Todo dia é menos um dia;
menos um dia para ser feliz;
é menos um dia para dar e receber;
é menos um dia para amar e ser amado;
é menos um dia para ouvir e, principalmente, calar!
Sim, porque calando nem sempre quer dizer
que concordamos com o que ouvimos ou lemos,
mas estamos dando a outrem a chance de pensar,
refletir, saber o que falou ou escreveu.
Saber ouvir é um raro dom, reconheçamos.
Mas saber calar, mais raro ainda.
E como humanos estamos sujeitos a errar.
E nosso erro mais primário, é não saber
Ouvir e calar!
Todo dia é menos um dia para dar um sorriso,
Muitas vezes alguém precisa, apenas de um sorriso
para sentir um pouco de felicidade!
Todo dia é menos um dia para dizer:
- Desculpe, eu errei!
Para dizer:
- Perdoe-me por favor, fui injusto!
Todo dia é menos um dia;
Para voltarmos sobre os nossos passos.
De repente descobrimos que estamos muito longe
E já não há mais como encontrar
onde pisamos quando íamos.
Já não conseguiremos distinguir nossos passos
de tantos outros que vieram depois dos nossos.
E se esse dia chega, por mais que voltemos;
estaremos seguindo um caminho, que jamais
nos trará ao ponto de partida.
Por isso use cada dia com sabedoria.
Ouça e cale se não se sentir bem;
Leia e deixe de lado, outra hora você vai conseguir
interpretar melhor e saber o que quis ser dito.
(Carlos Drumonnd de Andrade)
terça-feira, 18 de maio de 2010
A Revolução Russa de 1917
Marca o fim dos czares, sendo a primeira tentativa bem – sucedida de implantação de um regime. Divide-se em duas etapas, a democrática, em fevereiro de 1917, e a socialista, com a instalação da ditadura de proletariado, em outubro do mesmo ano.
Revolução de 1905- Em 22 de janeiro de 1905 mais de mil operários são massacrados em uma manifestações em São Petersburgo, no episódio conhecido como Domingo Sangrento. Segue –se outras revoltas, como a do marinheiros do encouraçado Potemkim. Em Odessa, e a da guarnição da base de Kronstadt. Diante da reação o czar permite formação da Duma (Parlamento) más as vésperas da 1ª Guerra Mundial as forças policiais voltam agir com violência. O governo de Nicolau II é autocrático e corrupto e o czar é suspeito de ser simpático alemães. O ministério é dominado pela estranha figura de Grigor Rasputin, um camponês siberiano e oculista libertinagem e poder político despertam o ódio da população. Rasputin é assassinado em 1916.
Participação na 1ª Guerra – A mobilização de cerca de 13 milhões de soldados desfalca sociedade. Os gasto com a guerra diminuem os investimento em bens de consumo elevando os preços inúmeros conflitos internos. Os soldados russos morrem nas frentes de batalha por falta de equipamentos, alimentos e vestuário. A fome chega às grandes cidades, onde também falta carvão no inverno. Em 1916 o país é varrido pela greve dos operários de Petrogrado, por exemplo, mobiliza cerca de 200 mil trabalhadores.
Industrialização tardia –A industrialização russa é tardia, realizada sob liderança do capital europeu ocidental sobretudo alemão, belga e francês. Assim, a remessa de lucros para o exterior é muito grande. O proletariado numerosos, cerca de 3 milhões, e concentrado em Moscou, Petrogrado e Odessa. É, porém, avançado e sensível pregação anarquista, socialista, sindicalista e comunista, graças às péssimas condições de trabalho, com salário miseráveis e jornadas de 11 ou 12 horas. A burguesia russa é composta de comerciantes, funcionários estatais industriais. É uma burguesia fraca sem projeto político próprio, esmagada entre a aristocracia de terras, o problema urbano e o campesinato.
Organização política –A oposição ao czar Nicolau II é dividida em duas correntes: a liberal reformista, favorecido regime parlamentar burguês e apoiada pela burguesia; e a revolucionária, que compreende os socialista –revolucionário e os social – democratas. Os primeiros são contrários à industrialização da Rússia e defendem um regime socialista caracterizado pela exploração coletiva das terras após o confisco das grandes propriedades. Os segundos são teorias socialistas de Marx e Engels e se organizavam no meio do proletariado urbano. O segundo congresso, Operário Social – Democrata, reunido em 1903, divide –se em duas facções quanto às táticas de tomada do poderoso mencheviques e os bolcheviques.
Mencheviques- Uma das duas correntes principais do Partido Operário Social Democrata Russo. Os mencheviques (termo significa minoria) são marxista, defendem um grande partido de massas, com base social ampla e com os progressista e democratas, inclusive coma a burguesia liberal. Não acreditam na possibilidade de implantação imediata do socialismo na Rússia por falta das condições objetivas prevista por Marx e Engels. Para os mencheviques um longo processo de transformações econômicas e sociais sociais conduzira à revolução. Os principais líderes mencheviques são Martov, Axeirod e Trotsky (1903 – 1904).
Bolcheviques- Corrente majoritária do Partido Operário Social Democrata Russo que defende a implantação governo ditadura do proletariado por intermédio da ação de um partido centralizado, fortemente disciplinado conduzir a classe operária. Par bolcheviques (palavra que significa maioria), os operários devem fazer a revolução imediatamente e implantar o socialismo. O principal líder bolchevique é Lenin. As idéias do grupo são propaganda Rússia por meio de jornais clandestino, como o Pravda (a verdade).
Pesquise e responda as questões.
Explique as condições de vida do operariado na Rússia, antes de 1917
O que siginifica Sovietes, Bolcheique e Mencheviques.
Pesquise sobre Lênin
Pesquise comente a atual situação da Rússia.
quinta-feira, 13 de maio de 2010
CAPÍTULO 06 - NOVELA O QUINZE
CAPÍTULO 06
Afinal ali estavam. Foi realmente com dificuldades que os identificou e marchou para eles, com o coração estalando de pena lembrando da última vez que os vira num passeio às Aroeiras feito em companhia de Dona Idalina. Chico bento chegando do campo todo encourado e Cordulina muito gorda, servindo café às visitas.
Nesse dia, Cordulina pedira a Conceição e a Vicente que aceitassem ser padrinho da criança que estava por nascer. Conceição nunca vira o afilhado. Já estava na cidade, ao tempo do batizado. E lembrava-se da procuração que enviara, o seu nome junto ao de Vicente.
Enfim, ali estavam. E a criança, era decerto aquela tão magra que nem uma visagem, que nem morte, só o esqueleto de tão magra...
_Por aqui, compadre? Quando chegou?
Chico Bento ouviu a fala e ergueu os olhos, numa surpresa:
_Ah! Comadre Conceição! A senhora por aqui? Cheguei ontem.
A moça se dirigia a Cordulina:
_E você, comadre, como vai? Tão fraquinha hein?
A mulher respondeu tristemente:
_Ai, minha comadre, eu sei lá como vou!... Parece que ainda estou viva...
_É este o meu afilhado?
_Cadê a bênção da madrinha, Manuel? Não é Manuel o nome dele?
_É inhora sim; mas os meninos chamam ele de Duca...
_Vocês vieram de trem, compadre?
_Só de Acarape pra cá. Das Aroeiras até lá tinha-se vindo por terra...
_Virgem Maria! Como foi que um bichinho destes agüentou! Só milagre!
_Só Deus Nosso Senhor sabe...
Conceição arranjou um ranchinho melhor para eles. E saiu puxando o grupo:
_Venham! Comadre pegue suas trouxas; tragam os meninos. Antes que cheguem outros e tomem... Lá era melhor. O chão era limpo e duro, havia um lugarzinho protegido para acender o fogo.
_Se acomodem aqui, que é melhor. Agora venha comigo, compadre, receber a ração de comida que está na hora. Não tem uma vasilha?
E saiu depressa, segurando as pregas da saia de lã azul, em direção ao local da distribuição; atrás dela Chico Bento arrastava os pés, curvado, trêmulo com a lata na mão estendida, esperando a esmola.
Sentado na salinha da Rua São Bernardo, o velho chapéu entre as pernas, Chico Bento conversava com Conceição e a avó sobre o futuro. Tristemente contou toda a fome sofrida e as conseqüentes misérias. A morte de Josias, naquela velha casa de farinha, o caso da cabra e a fuga de Pedro.
Os olhos da moça e de Dona Inácia se enchiam de lágrimas.
Agora, felizmente, estavam menos mal. O que precisava era arranjar trabalho, porque o que davam no Campo mal chagava para os meninos.
Conceição concordou:
_Eu sei, é uma miséria! Mas você assim, tão fraco, lá agüenta um serviço bruto, pesado que é só o que há para retirante!
_A natureza da gente é que nem borracha... Havendo precisão, que jeito? Dá pra tudo...
_Olhe, todo dia, você ou a comadre apareçam por aqui e o que nós juntarmos, em vez de se dar aos outros, guarda-se só pra vocês. Eu vou ver se arranjo alguma coisa que lhe sirva... Assim uma vendinha de água, hein, mãe Nácia?
_Sim, uma venda de água... A questão é o animal...
_E o Tauape comadre?
Conceição acolheu com calor aquela lembrança oportuna:
_Ah! O Tauape! Lá naturalmente é fácil de se arranjar!
Chico bento retificou:
_Fácil não era não... Que ele tinha visto muitos, bem recomendados, voltando porque não tinha mais ferramenta.
_Só se a comadre arranjasse um cartãozinho do bispo...
_Pois eu vou ao palácio do bispo! Fique certo. Vou e arranjo. Mais um ou dois dias, e você está no Tauape.
O vaqueiro levantou-se para ir embora. Conceição cochichou com a avó, e entrou pelo corredor, gritando:
_Espere aí, compadre! Tenho uma encomendazinha para você levar pros seus meninos...
Armado com um cartãozinho do bispo e um bilhete particular de Conceição à senhora que administrava o serviço, Chico Bento conseguiu o ambicionado lugar no açude do Tauape.
Duramente Chico Bento trabalhou todo o dia no serviço da barragem. Só de longe em longe parava para tomar fôlego, sentindo o peito cansado e os músculos vadios. E o almoço, ao meio dia, onde, junto ao pirão, um naco de carne cheiroso emergia, mal o animou, pois lembrava de Cordulina e os meninos engolindo um triste resto de farinha.
Mas à tarde, quando sentiu tinir no bolso o dinheiro ganho com seu esforço, ficou animado porque iria alimentar a filharada esfomeada...
Cordulina já o esperava inquieta. Desde que Josias morrera e Pedro fugira vivia cheia desses terrores de morte e abandono.
Chico Bento chega trazendo um pão, rapadura e um pouco de café. E o alvoroço da meninada que o acolheu e lhe arrebatou as compras, bem lhe pagou as tristes horas do dia, curvado sobre a pá, em tempo de morrer de calor e cansaço...
Mais tarde, já deitados, Cordulina lhe falou, meio hesitante:
_Chico, a comadre Conceição, hoje, cansou de me pedir o Duquinha. Anda com um destino de criar uma criança. E se é de ficar com qualquer um, mais vale ficar com este, que é afilhado...
_E o que você disse?
_Que por mim não tinha dúvida. Dependia do pai...
¬ _ Tu não tem pena de dar teus filhos, que nem gato ou cachorro?
_Que é que se é de fazer? O menino cada dia é mais doente... A madrinha quer carregar pra tratar, botar ele bem, fazer dele gente... Se nós pegamos nesta besteira de não dar o mais que se arranja é ver morrer como o outro...
Chico Bento calou-se e ficou olhando a luz vermelha, enorme e lustrosa que ia se levantando devagar. Mas detrás dele a mulher insistiu:
_Que foi que você resolveu Chico?
NÃO PERCA O PRÓXIMO CAPÍTULO PARA SABER SE CHICO BENTO ENTREGA OU NÃO O DUQUINHA PARA CONCEIÇÃO!
Afinal ali estavam. Foi realmente com dificuldades que os identificou e marchou para eles, com o coração estalando de pena lembrando da última vez que os vira num passeio às Aroeiras feito em companhia de Dona Idalina. Chico bento chegando do campo todo encourado e Cordulina muito gorda, servindo café às visitas.
Nesse dia, Cordulina pedira a Conceição e a Vicente que aceitassem ser padrinho da criança que estava por nascer. Conceição nunca vira o afilhado. Já estava na cidade, ao tempo do batizado. E lembrava-se da procuração que enviara, o seu nome junto ao de Vicente.
Enfim, ali estavam. E a criança, era decerto aquela tão magra que nem uma visagem, que nem morte, só o esqueleto de tão magra...
_Por aqui, compadre? Quando chegou?
Chico Bento ouviu a fala e ergueu os olhos, numa surpresa:
_Ah! Comadre Conceição! A senhora por aqui? Cheguei ontem.
A moça se dirigia a Cordulina:
_E você, comadre, como vai? Tão fraquinha hein?
A mulher respondeu tristemente:
_Ai, minha comadre, eu sei lá como vou!... Parece que ainda estou viva...
_É este o meu afilhado?
_Cadê a bênção da madrinha, Manuel? Não é Manuel o nome dele?
_É inhora sim; mas os meninos chamam ele de Duca...
_Vocês vieram de trem, compadre?
_Só de Acarape pra cá. Das Aroeiras até lá tinha-se vindo por terra...
_Virgem Maria! Como foi que um bichinho destes agüentou! Só milagre!
_Só Deus Nosso Senhor sabe...
Conceição arranjou um ranchinho melhor para eles. E saiu puxando o grupo:
_Venham! Comadre pegue suas trouxas; tragam os meninos. Antes que cheguem outros e tomem... Lá era melhor. O chão era limpo e duro, havia um lugarzinho protegido para acender o fogo.
_Se acomodem aqui, que é melhor. Agora venha comigo, compadre, receber a ração de comida que está na hora. Não tem uma vasilha?
E saiu depressa, segurando as pregas da saia de lã azul, em direção ao local da distribuição; atrás dela Chico Bento arrastava os pés, curvado, trêmulo com a lata na mão estendida, esperando a esmola.
Sentado na salinha da Rua São Bernardo, o velho chapéu entre as pernas, Chico Bento conversava com Conceição e a avó sobre o futuro. Tristemente contou toda a fome sofrida e as conseqüentes misérias. A morte de Josias, naquela velha casa de farinha, o caso da cabra e a fuga de Pedro.
Os olhos da moça e de Dona Inácia se enchiam de lágrimas.
Agora, felizmente, estavam menos mal. O que precisava era arranjar trabalho, porque o que davam no Campo mal chagava para os meninos.
Conceição concordou:
_Eu sei, é uma miséria! Mas você assim, tão fraco, lá agüenta um serviço bruto, pesado que é só o que há para retirante!
_A natureza da gente é que nem borracha... Havendo precisão, que jeito? Dá pra tudo...
_Olhe, todo dia, você ou a comadre apareçam por aqui e o que nós juntarmos, em vez de se dar aos outros, guarda-se só pra vocês. Eu vou ver se arranjo alguma coisa que lhe sirva... Assim uma vendinha de água, hein, mãe Nácia?
_Sim, uma venda de água... A questão é o animal...
_E o Tauape comadre?
Conceição acolheu com calor aquela lembrança oportuna:
_Ah! O Tauape! Lá naturalmente é fácil de se arranjar!
Chico bento retificou:
_Fácil não era não... Que ele tinha visto muitos, bem recomendados, voltando porque não tinha mais ferramenta.
_Só se a comadre arranjasse um cartãozinho do bispo...
_Pois eu vou ao palácio do bispo! Fique certo. Vou e arranjo. Mais um ou dois dias, e você está no Tauape.
O vaqueiro levantou-se para ir embora. Conceição cochichou com a avó, e entrou pelo corredor, gritando:
_Espere aí, compadre! Tenho uma encomendazinha para você levar pros seus meninos...
Armado com um cartãozinho do bispo e um bilhete particular de Conceição à senhora que administrava o serviço, Chico Bento conseguiu o ambicionado lugar no açude do Tauape.
Duramente Chico Bento trabalhou todo o dia no serviço da barragem. Só de longe em longe parava para tomar fôlego, sentindo o peito cansado e os músculos vadios. E o almoço, ao meio dia, onde, junto ao pirão, um naco de carne cheiroso emergia, mal o animou, pois lembrava de Cordulina e os meninos engolindo um triste resto de farinha.
Mas à tarde, quando sentiu tinir no bolso o dinheiro ganho com seu esforço, ficou animado porque iria alimentar a filharada esfomeada...
Cordulina já o esperava inquieta. Desde que Josias morrera e Pedro fugira vivia cheia desses terrores de morte e abandono.
Chico Bento chega trazendo um pão, rapadura e um pouco de café. E o alvoroço da meninada que o acolheu e lhe arrebatou as compras, bem lhe pagou as tristes horas do dia, curvado sobre a pá, em tempo de morrer de calor e cansaço...
Mais tarde, já deitados, Cordulina lhe falou, meio hesitante:
_Chico, a comadre Conceição, hoje, cansou de me pedir o Duquinha. Anda com um destino de criar uma criança. E se é de ficar com qualquer um, mais vale ficar com este, que é afilhado...
_E o que você disse?
_Que por mim não tinha dúvida. Dependia do pai...
¬ _ Tu não tem pena de dar teus filhos, que nem gato ou cachorro?
_Que é que se é de fazer? O menino cada dia é mais doente... A madrinha quer carregar pra tratar, botar ele bem, fazer dele gente... Se nós pegamos nesta besteira de não dar o mais que se arranja é ver morrer como o outro...
Chico Bento calou-se e ficou olhando a luz vermelha, enorme e lustrosa que ia se levantando devagar. Mas detrás dele a mulher insistiu:
_Que foi que você resolveu Chico?
NÃO PERCA O PRÓXIMO CAPÍTULO PARA SABER SE CHICO BENTO ENTREGA OU NÃO O DUQUINHA PARA CONCEIÇÃO!
segunda-feira, 10 de maio de 2010
CAPÍTULO 05 - NOVELA O QUINZE
CARÍTULO 05
Chico Bento ainda esteve uns momentos na mesma postura, ajoelhado. E antes de se erguer, chupou os dedos sujos de sangue, que lhe deixaram na boca um gosto amargo de vida.
Cordulina acordou e voltou-se espantada para o filho, que vinha com aquelas tripas na mão.
_Que é isso menino?
_É a tripa de uma criação... O papai matou, mas veio o dono tomar, e por milagre ainda deu o fato...
A mãe levantou-se e trôpega, ainda, tomou na mão as vísceras que sangravam:
_Pois, meu filho, vá até aquela casa ver se arranja um tiquinho de água mode consertar e lavar...
O pequeno bateu e pediu água. O homem enfurecido, contando a história a mulher; e vendo chegar o menino, voltou-se feito uma onça:
_Porque aqui ainda, seu cachorro? Não tem água coisa nenhuma! Já pra fora! Deviam estar na cadeia! Vamos, já pra fora! Achou pouco o que ainda dei?
Pedro correu assombrado, chegou junto da mãe, chorando de vergonha e de susto:
_O homem botou a gente pra fora, chamando tudo quanto é nome...
E num foguinho de garranchos, arranjados por Cordulina com um dos últimos fósforos que trazia no cós da saia, assaram e comeram as tripas, insossas, suja, apenas escorridas nas mãos.
***
Mocinha deixou a velha Eugênia num domingo ao meio dia, já na rua com a trouxa na mão, ainda ouvia a descompostura. Com algum custo conseguiu ficar na casa dum bodegueiro da praça, para servir como ama.
Lá em cima, na estação, um bagageiro dizia:
_Sinhá Eugênia, cadê aquela moçota que vendia café mais você?
_Botei pra fora. Aquilo era uma mundiça. Não me dava interesse; só sabia quebrar louça e namorar...
Mocinha parou de escutar e saiu correndo, chorando o seu desterro num desadoro.
Dona Inácia, já habituada, fazia seu crochê na sala de visitas. Conceição estava na escola. Saía de casa às dez horas e findava a aula às duas. Da escola ia para o Campo de Concentração, auxiliar na entrega dos socorros. Só chegava à tardinha, fatigada, com os olhos doloridos de tanta miséria vista.
Chico Bento, depois daquela noite passada, ali, no abandono da estrada chamou a mulher e foi andando em procura do povoado, o vulto de Pedro que havia sumido.
Na estrada limpa e seca só se via um homem com uma trouxinha e um cavaleiro galopando.
De repente, uma idéia o sossegou:
_Que besteira! Naturalmente ele já está no Acarape...
Mas chegaram ao Acarape e perguntaram pelo menino a todo mundo. Não... Ninguém tinha visto... Sabia lá! A toda hora estava passando retirante...
_Por que você não vai falar ao delegado? Ele é quem pode dar jeito. Mora ali, naquela casa de alpendre.
Chico Bento chegou na casa, bateu à porta, enquanto Cordulina se sentava no chão. Lá de dentro, uma voz de mulher disse baixinho:
_Abre não, menina, é retirante... É melhor fingir que não ouviu...
Chico Bento escutou e explicou com a voz lenta e dolorida:
_Não vim pedir esmola, dona; eu careço é de ver o delegado daqui...
Um homem de cachimbo no queixo mostrou a cara na meia porta:
_Está falando com ele. O que é?
Chico bento reconheceu o homem e falou:
_Eu vim falar ao senhor mode um filho meu que sumiu.
O delegado abanou a cabeça e disse:
_Não tenho jeito que dar meu amigo... O menino foi-se embora com alguém...
Cordulina ouvia o que diziam e chorava baixinho. O delegado, ainda na porta, reconheceu também aquela cara e perguntou:
_Donde você é?
_Eu sou filho natural de Iguatu, mas faz muito tempo que morava pras bandas do Quixadá.
_Nas terras de Dona Maroca?
_Inhor sim, nas Aroeiras...
_Bem que eu estava conhecendo! É o meu compadre Chico Bento!
_Inhor sim... Eu também, assim que olhei pra vosmecê, disse logo comigo: este só pode ser meu compadre Luís Bezerra...
_Entre, compadre! Essa é a comadre? Cadê meu afilhado? Será esse que fugiu?
_Inhor não... O seu afilhado era o Josias, morreu na viagem...
Depois, ficando só com Chico Bento, atentou na miséria esquelética e esfarrapada do retirante.
_Então compadre, a velha largou você?
_Ela não quis tratar do gado mode a seca, e mandou abrir as porteiras... E eu fiquei sem ter o que fazer.
O delegado mandou dois cabras atrás do menino, mas foi em vão. Um deles contou que Pedro tinha sido visto na véspera de noite, num rancho de comboeiros de cachaça. No mesmo dia à tarde, foram embora e tomaram o trem para a cidade. Luis Bezerra tinha arranjado passagens e uma roupa para os retirantes.
Chegaram à estação do Matadouro. Cordulina acomodou-se como pode, ao lado do cajueiro onde tinham parado.
Conceição os descobriu, sentados pensativamente debaixo do cajueiro. Já sabia Conceição que Chico Bento havia retirado. Vicente contara a venda do gadinho dele e o caso das passagens.
E a moça, todos os dias, na confusão de gente que ia chegando ao Campo de Concentração procurava descobrir aquelas caras conhecidas, que deviam vir bem chupadas e negras.
SERÁ QUE CONCEIÇÃO RECONHECEU CHICO BENTO?
NÃO PERCA O PRÓXIMO CAPÍTULO!
Chico Bento ainda esteve uns momentos na mesma postura, ajoelhado. E antes de se erguer, chupou os dedos sujos de sangue, que lhe deixaram na boca um gosto amargo de vida.
Cordulina acordou e voltou-se espantada para o filho, que vinha com aquelas tripas na mão.
_Que é isso menino?
_É a tripa de uma criação... O papai matou, mas veio o dono tomar, e por milagre ainda deu o fato...
A mãe levantou-se e trôpega, ainda, tomou na mão as vísceras que sangravam:
_Pois, meu filho, vá até aquela casa ver se arranja um tiquinho de água mode consertar e lavar...
O pequeno bateu e pediu água. O homem enfurecido, contando a história a mulher; e vendo chegar o menino, voltou-se feito uma onça:
_Porque aqui ainda, seu cachorro? Não tem água coisa nenhuma! Já pra fora! Deviam estar na cadeia! Vamos, já pra fora! Achou pouco o que ainda dei?
Pedro correu assombrado, chegou junto da mãe, chorando de vergonha e de susto:
_O homem botou a gente pra fora, chamando tudo quanto é nome...
E num foguinho de garranchos, arranjados por Cordulina com um dos últimos fósforos que trazia no cós da saia, assaram e comeram as tripas, insossas, suja, apenas escorridas nas mãos.
***
Mocinha deixou a velha Eugênia num domingo ao meio dia, já na rua com a trouxa na mão, ainda ouvia a descompostura. Com algum custo conseguiu ficar na casa dum bodegueiro da praça, para servir como ama.
Lá em cima, na estação, um bagageiro dizia:
_Sinhá Eugênia, cadê aquela moçota que vendia café mais você?
_Botei pra fora. Aquilo era uma mundiça. Não me dava interesse; só sabia quebrar louça e namorar...
Mocinha parou de escutar e saiu correndo, chorando o seu desterro num desadoro.
Dona Inácia, já habituada, fazia seu crochê na sala de visitas. Conceição estava na escola. Saía de casa às dez horas e findava a aula às duas. Da escola ia para o Campo de Concentração, auxiliar na entrega dos socorros. Só chegava à tardinha, fatigada, com os olhos doloridos de tanta miséria vista.
Chico Bento, depois daquela noite passada, ali, no abandono da estrada chamou a mulher e foi andando em procura do povoado, o vulto de Pedro que havia sumido.
Na estrada limpa e seca só se via um homem com uma trouxinha e um cavaleiro galopando.
De repente, uma idéia o sossegou:
_Que besteira! Naturalmente ele já está no Acarape...
Mas chegaram ao Acarape e perguntaram pelo menino a todo mundo. Não... Ninguém tinha visto... Sabia lá! A toda hora estava passando retirante...
_Por que você não vai falar ao delegado? Ele é quem pode dar jeito. Mora ali, naquela casa de alpendre.
Chico Bento chegou na casa, bateu à porta, enquanto Cordulina se sentava no chão. Lá de dentro, uma voz de mulher disse baixinho:
_Abre não, menina, é retirante... É melhor fingir que não ouviu...
Chico Bento escutou e explicou com a voz lenta e dolorida:
_Não vim pedir esmola, dona; eu careço é de ver o delegado daqui...
Um homem de cachimbo no queixo mostrou a cara na meia porta:
_Está falando com ele. O que é?
Chico bento reconheceu o homem e falou:
_Eu vim falar ao senhor mode um filho meu que sumiu.
O delegado abanou a cabeça e disse:
_Não tenho jeito que dar meu amigo... O menino foi-se embora com alguém...
Cordulina ouvia o que diziam e chorava baixinho. O delegado, ainda na porta, reconheceu também aquela cara e perguntou:
_Donde você é?
_Eu sou filho natural de Iguatu, mas faz muito tempo que morava pras bandas do Quixadá.
_Nas terras de Dona Maroca?
_Inhor sim, nas Aroeiras...
_Bem que eu estava conhecendo! É o meu compadre Chico Bento!
_Inhor sim... Eu também, assim que olhei pra vosmecê, disse logo comigo: este só pode ser meu compadre Luís Bezerra...
_Entre, compadre! Essa é a comadre? Cadê meu afilhado? Será esse que fugiu?
_Inhor não... O seu afilhado era o Josias, morreu na viagem...
Depois, ficando só com Chico Bento, atentou na miséria esquelética e esfarrapada do retirante.
_Então compadre, a velha largou você?
_Ela não quis tratar do gado mode a seca, e mandou abrir as porteiras... E eu fiquei sem ter o que fazer.
O delegado mandou dois cabras atrás do menino, mas foi em vão. Um deles contou que Pedro tinha sido visto na véspera de noite, num rancho de comboeiros de cachaça. No mesmo dia à tarde, foram embora e tomaram o trem para a cidade. Luis Bezerra tinha arranjado passagens e uma roupa para os retirantes.
Chegaram à estação do Matadouro. Cordulina acomodou-se como pode, ao lado do cajueiro onde tinham parado.
Conceição os descobriu, sentados pensativamente debaixo do cajueiro. Já sabia Conceição que Chico Bento havia retirado. Vicente contara a venda do gadinho dele e o caso das passagens.
E a moça, todos os dias, na confusão de gente que ia chegando ao Campo de Concentração procurava descobrir aquelas caras conhecidas, que deviam vir bem chupadas e negras.
SERÁ QUE CONCEIÇÃO RECONHECEU CHICO BENTO?
NÃO PERCA O PRÓXIMO CAPÍTULO!
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Texto: O ENTERRO DO "NÃO CONSIGO"
REFLITA:
Esta história foi contada por Chick Moorman,
e aconteceu numa escola primária
do estado de Michigan, Estados Unidos.
Ele era supervisor e incentivador dos treinamentos
que ali eram realizados
e um dia viveu uma experiência muito instrutiva,
conforme ele mesmo narrou:
Tomei um lugar vazio no fundo da sala e assisti.
Todos os alunos estavam trabalhando numa tarefa,
preenchendo uma folha de caderno com idéias e pensamentos.
Uma aluna de dez anos, mais próxima de mim,
estava enchendo a folha de "não consigos".
"Não consigo chutar a bola de futebol além da segunda base."
"Não consigo fazer divisões longas com mais de três números."
"Não consigo fazer com que a Debbie goste de mim."
Caminhei pela sala e notei que todos estavam escrevendo
o que não conseguiam fazer.
"Não consigo fazer dez flexões."
"Não consigo comer um biscoito só."
A esta altura, a atividade despertara minha curiosidade,
e decidi verificar com a professora o que estava acontecendo
e percebi que ela também estava
ocupada escrevendo uma lista de "não consigos".
Frustrado em meus esforços em determinar porque os alunos estavam
trabalhando com negativas, em vez de escrever frases positivas,
voltei para o meu lugar e continuei minhas observações.
Os estudantes escreveram por mais dez minutos.
A maioria encheu sua página.
Alguns começaram outra.
Depois de algum tempo os alunos foram instruídos
a dobrar as folhas ao meio
e colocá-las numa caixa de sapatos, vazia,
que estava sobre a mesa da professora.
Quando todos os alunos haviam colocado as folhas na caixa,
Donna acrescentou as suas, tampou a caixa,
colocou-a embaixo do braço
e saiu pela porta do corredor. Os alunos a seguiram.
E eu segui os alunos.
Logo à frente a professora entrou na sala do zelador
e saiu com uma pá.
Depois seguiu para o pátio da escola,
conduzindo os alunos até
o canto mais distante do playground.
Ali começaram a cavar.
Iam enterrar seus "não consigo"!
Quando a escavação terminou,
a caixa de "não consigos" foi depositada no fundo
e rapidamente coberta com terra.
Trinta e uma crianças de dez
e onze anos permaneceram de pé,
em torno da sepultura recém cavada.
Donna então proferiu louvores.
"Amigos, estamos hoje aqui reunidos para honrar
a memória do 'não consigo'.
Enquanto esteve conosco aqui na Terra,
ele tocou as vidas de todos nós,
de alguns mais do que de outros.
Seu nome, infelizmente,
foi mencionado em cada instituição pública -
escolas, prefeituras, assembléias legislativas
e até mesmo na casa branca.
Providenciamos um local para o seu descanso final
e uma lápide que contém seu epitáfio.
Ele vive na memória de seus irmãos e irmãs 'eu consigo',
'eu vou' e 'eu vou imediatamente'.
Que 'não consigo' possa descansar em paz
e que todos os presentes
possam retomar suas vidas e ir em frente na sua ausência. Amém."
Ao escutar as orações entendi que aqueles alunos
jamais esqueceriam a lição.
A atividade era simbólica: uma metáfora da vida.
O "não consigo" estava enterrado para sempre.
Logo após, a sábia professora encaminhou
os alunos de volta à classe e promoveu uma festa.
Como parte da celebração
Donna recortou uma grande lápide de papelão
e escreveu as palavras "não consigo" no topo,
"descanse em paz" no centro, e a data embaixo.
A lápide de papel ficou pendurada na sala de aula de Donna
durante o resto do ano.
Nas raras ocasiões em que um aluno
se esquecia e dizia "não consigo",
Donna simplesmente apontava o cartaz descanse em paz.
O aluno então se lembrava que "não consigo"
estava morto e reformulava a frase.
Eu não era aluno de Donna.
Ela era minha aluna. Ainda assim,
naquele dia aprendi uma lição duradoura com ela.
Agora, anos depois, sempre que ouço a frase "não consigo",
vejo imagens daquele funeral da quarta série. Como os alunos,
eu também me lembro de que "não consigo" está morto.
Autoria Desconhecida
Esta história foi contada por Chick Moorman,
e aconteceu numa escola primária
do estado de Michigan, Estados Unidos.
Ele era supervisor e incentivador dos treinamentos
que ali eram realizados
e um dia viveu uma experiência muito instrutiva,
conforme ele mesmo narrou:
Tomei um lugar vazio no fundo da sala e assisti.
Todos os alunos estavam trabalhando numa tarefa,
preenchendo uma folha de caderno com idéias e pensamentos.
Uma aluna de dez anos, mais próxima de mim,
estava enchendo a folha de "não consigos".
"Não consigo chutar a bola de futebol além da segunda base."
"Não consigo fazer divisões longas com mais de três números."
"Não consigo fazer com que a Debbie goste de mim."
Caminhei pela sala e notei que todos estavam escrevendo
o que não conseguiam fazer.
"Não consigo fazer dez flexões."
"Não consigo comer um biscoito só."
A esta altura, a atividade despertara minha curiosidade,
e decidi verificar com a professora o que estava acontecendo
e percebi que ela também estava
ocupada escrevendo uma lista de "não consigos".
Frustrado em meus esforços em determinar porque os alunos estavam
trabalhando com negativas, em vez de escrever frases positivas,
voltei para o meu lugar e continuei minhas observações.
Os estudantes escreveram por mais dez minutos.
A maioria encheu sua página.
Alguns começaram outra.
Depois de algum tempo os alunos foram instruídos
a dobrar as folhas ao meio
e colocá-las numa caixa de sapatos, vazia,
que estava sobre a mesa da professora.
Quando todos os alunos haviam colocado as folhas na caixa,
Donna acrescentou as suas, tampou a caixa,
colocou-a embaixo do braço
e saiu pela porta do corredor. Os alunos a seguiram.
E eu segui os alunos.
Logo à frente a professora entrou na sala do zelador
e saiu com uma pá.
Depois seguiu para o pátio da escola,
conduzindo os alunos até
o canto mais distante do playground.
Ali começaram a cavar.
Iam enterrar seus "não consigo"!
Quando a escavação terminou,
a caixa de "não consigos" foi depositada no fundo
e rapidamente coberta com terra.
Trinta e uma crianças de dez
e onze anos permaneceram de pé,
em torno da sepultura recém cavada.
Donna então proferiu louvores.
"Amigos, estamos hoje aqui reunidos para honrar
a memória do 'não consigo'.
Enquanto esteve conosco aqui na Terra,
ele tocou as vidas de todos nós,
de alguns mais do que de outros.
Seu nome, infelizmente,
foi mencionado em cada instituição pública -
escolas, prefeituras, assembléias legislativas
e até mesmo na casa branca.
Providenciamos um local para o seu descanso final
e uma lápide que contém seu epitáfio.
Ele vive na memória de seus irmãos e irmãs 'eu consigo',
'eu vou' e 'eu vou imediatamente'.
Que 'não consigo' possa descansar em paz
e que todos os presentes
possam retomar suas vidas e ir em frente na sua ausência. Amém."
Ao escutar as orações entendi que aqueles alunos
jamais esqueceriam a lição.
A atividade era simbólica: uma metáfora da vida.
O "não consigo" estava enterrado para sempre.
Logo após, a sábia professora encaminhou
os alunos de volta à classe e promoveu uma festa.
Como parte da celebração
Donna recortou uma grande lápide de papelão
e escreveu as palavras "não consigo" no topo,
"descanse em paz" no centro, e a data embaixo.
A lápide de papel ficou pendurada na sala de aula de Donna
durante o resto do ano.
Nas raras ocasiões em que um aluno
se esquecia e dizia "não consigo",
Donna simplesmente apontava o cartaz descanse em paz.
O aluno então se lembrava que "não consigo"
estava morto e reformulava a frase.
Eu não era aluno de Donna.
Ela era minha aluna. Ainda assim,
naquele dia aprendi uma lição duradoura com ela.
Agora, anos depois, sempre que ouço a frase "não consigo",
vejo imagens daquele funeral da quarta série. Como os alunos,
eu também me lembro de que "não consigo" está morto.
Autoria Desconhecida
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